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Juíza marca para maio início do julgamento de Trump

21 de Julho de 2023 às 23:01
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Promotor Jack Smith acusa Trump de 37 crimes iguais
Promotor Jack Smith acusa Trump de 37 crimes iguais (Crédito: MANDEL NGAN, GIORGIO VIERA / AFP)

Uma juíza americana ordenou, nesta sexta-feira, 21, que o julgamento do ex-presidente Donald Trump por má gestão de documentos sigilosos comece em maio de 2024, em meio a uma disputa pela Casa Branca.

Aileen Cannon, juíza de um tribunal federal da Flórida, marcou para 20 de maio de 2024 o início do julgamento de Trump, o primeiro ex-presidente americano a enfrentar acusações criminais.

A Promotoria pediu que o julgamento começasse em dezembro deste ano, enquanto os advogados de Trump haviam solicitado que se adiasse até depois das eleições de novembro de 2024, nas quais o magnata do ramo imobiliário esperar voltar à presidência.

Cannon disse que fixou o início do julgamento para maio para que as duas partes tivessem tempo de processar as mais de 1,1 milhão de páginas de provas documentais do caso.

‘Ninguém está em desacordo que os demandados necessitam de um tempo adequado para revisar isso e avaliá-lo por conta própria‘, disse Cannon, a quem Trump designou em 2020, quando era presidente, para ocupar o cargo de juíza federal no distrito do sul da Flórida.

Trump, de 77 anos, é o franco favorito para a nomeação presidencial republicana, e o julgamento começará próximo ao final da campanha das primárias para a escolha do candidato do partido.

Esse processo não o impedirá de fazer campanha, mas como acusado criminal, deverá estar presente durante o processo, que pode durar semanas, senão meses.

No mês passado, o ex-presidente declarou-se não culpado de dezenas de acusações penais pela suposta má gestão de documentos sigilosos que ele levou ao deixar a Casa Branca em janeiro de 2021.

A Promotoria pede que Trump seja condenado por 37 acusações de negativa em devolver arquivos confidenciais pedidos pela Justiça.

Segundo o promotor especial Jack Smith, o ex-presidente levou centenas de documentos sigilosos em caixas de papelão para sua casa de Mar-a-Lago, na Flórida.

Trump manteve os arquivos - que incluíam registros do Pentágono, da CIA e da Agência de Segurança Nacional - sem segurança em sua casa onde frequentemente são realizados grandes eventos sociais, afirma a Promotoria.

Os documentos foram escondidos em vários lugares da residência, incluindo um salão de festas, um banheiro, o quarto de Trump e uma despensa. (AFP)