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Internacional

Nicarágua prende mais um padre católico crítico da ditadura de Ortega

12 de Julho de 2023 às 23:01
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Lula, amigo antigo do ditador Ortega, se compremeteu a interceder pelos religiosos
Lula, amigo antigo do ditador Ortega, se compremeteu a interceder pelos religiosos (Crédito: CELSO JR/ESTADÃO CONTEÚDO (8/8/2007))

A Nicarágua prendeu mais um padre católico crítico à ditadura de Daniel Ortega, em novo episódio de repressão contra a Igreja Católica no país. A prisão de Fernando Zamara ocorreu no último domingo, 9, na capital do país, Manágua, depois de uma missa.

As autoridades do país não se manifestaram para explicar a prisão do líder religioso e seu paradeiro é desconhecido. O país prendeu pelo menos quatro sacerdotes e outros sete foram expulsos do país.

De acordo com dados do jornal nicaraguense El Confidencial, pelo menos 84 religiosos tiveram que deixar o país desde 2018.

Rolando Alvarez

Na semana passada, o bispo nicaraguense Rolando Álvarez, condenado a mais de 26 anos de prisão por ‘traição contra a pátria‘, foi libertado por algumas horas pela ditadura de Daniel Ortega, mas voltou à prisão depois de rejeitar deixar o país.

Álvarez também teve sua cidadania cassada e foi transferido da prisão domiciliar para o presídio. Além disso, Ortega declarou interrompidas as relações bilaterais com o Vaticano e descreveu a Igreja Católica como uma ‘máfia‘.

Lula

A tentativa de libertação do bispo Rolando Alvarez pelo regime sandinista ocorreu antes de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva concretizar a prometida gestão diplomática junto ao ditador nicaraguense, para que o religioso fosse liberado. Lula pretendia telefonar a Daniel Ortega, mas a ligação não chegou a acontecer, segundo o Palácio do Planalto.

A prisão do clérigo e a repressão aos demais representantes da Igreja Católica pelo regime entrou na pauta da audiência de Lula com o papa Francisco, no dia 21 de junho, no Vaticano.

A pedido do papa, Lula prometeu interceder junto a Ortega, e disse que ele deveria reconhecer que errou e pedir desculpas. Só que até agora, o presidente brasileiro pouco fez para que o amigo ditador parasse de perseguir os religiosos na Nicarágua. (Da Redação com informações Estadão Conteúdo)