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Internacional

G7 anuncia nova ofensiva contra Rússia

Líderes dos países mais industrializados prometem "definhar a máquina de guerra" de Putin

19 de Maio de 2023 às 23:01
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Charles Michel (Conselho Europeu), Giorgia Meloni (Itália), Justin Trudeau (Canadá), Emmanuel Macron (França), Fumio Kishida (Japão), Joe Biden (EUA), Olaf Scholz (Alemanha), Rishi Sunak (Reino Unido) e Ursula von der Leyen (Comissão Europeia) posam no santuário de Itsukushima
Charles Michel (Conselho Europeu), Giorgia Meloni (Itália), Justin Trudeau (Canadá), Emmanuel Macron (França), Fumio Kishida (Japão), Joe Biden (EUA), Olaf Scholz (Alemanha), Rishi Sunak (Reino Unido) e Ursula von der Leyen (Comissão Europeia) posam no santuário de Itsukushima (Crédito: JACQUES WITT / AFP)

Os líderes das sete nações mais industrializadas do planeta anunciaram ontem (19) novas sanções para “privar a Rússia da tecnologia, equipamento industrial e serviços do G7 que sustentam sua máquina de guerra” na Ucrânia, prometendo “fazer definhar” a mesma.

“Nós reafirmamos nosso compromisso de uma frente comum contra a guerra de agressão ilegal, injustificável e não provocada da Rússia contra a Ucrânia”, afirmaram os chefes de Estado e de Governo do grupo das principais democracias industrializadas do planeta.

O pacote, anunciado na reunião de cúpula de Hiroshima (Japão), inclui restrições às exportações de produtos críticos para a Rússia no campo de batalha, além de medidas contra entidades acusadas de transportar material para o front, a favor de Moscou.

O governo dos Estados Unidos estabeleceu o tom durante a manhã de ontem ao anunciar novas sanções contra Moscou para restringir o acesso da Rússia a “produtos necessários para suas capacidades de combate”.

O Reino Unido anunciou medidas contra o setor de mineração russo, em particular contra a indústria de diamantes. No comunicado, o G7 também se compromete a “restringir o comércio e o uso de diamantes extraídos, processados ou produzidos na Rússia”, com o uso de tecnologias de rastreamento.

Também ontem, em comunicado, os líderes do Grupo dos 7 condenaram veementemente a produção de armas nucleares pela China, Rússia, Coreia do Norte e Irã. “A construção acelerada da China de seu arsenal nuclear sem transparência e diálogo representa uma preocupação para a estabilidade global”, afirmaram os representantes do G7.

A Casa Branca informou ontem em comunicado que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se reúne hoje (20) com os líderes do grupo chamado Quad, formado por EUA, Austrália, Japão e Índia. O Quad é, em geral, apontado por analistas como uma aliança voltada para conter a influência da China.

Zelensky presente

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, quer uma reunião bilateral com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Hiroshima, no Japão. Autoridades ucranianas entraram em contato com a diplomacia brasileira solicitando o encontro na cidade-sede do G7. Até a tarde de ontem, Lula, que participa da cúpula na condição de convidado, não havia dado resposta formal ao convite.

Zelensky estará em Hiroshima amanhã (21), para participar das discussões do G7 sobre a guerra na Ucrânia. Lula defende uma posição de neutralidade para o Brasil, mas vem sendo pressionado pela comunidade internacional a apoiar a Ucrânia na guerra iniciada pela Rússia.

Ontem, Lula reuniu-se por cerca de 35 minutos em Hiroshima com o premiê da Austrália, Anthony Albanese, quando reafirmou que tem a proteção do meio ambiente como uma prioridade da sua gestão. Além de participar dos painéis do evento multilateral, o chefe do Executivo do Brasil terá nove reuniões bilaterais e um encontro com empresários. (Da Redação, com informações de AFP e Estadão Conteúdo)