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Internacional

Milhares de médicos jovens iniciam greve de quatro dias na Inglaterra

A greve ocorre após o feriado prolongado da Páscoa, com uma parte do quadro funcional de férias

11 de Abril de 2023 às 13:32
Cruzeiro do Sul [email protected]
 Demonstrators hold placards during a march by so-called 'junior doctors', physicians who are not senior specialists but who may have years of experience, through central London on April 11, 2023, in a dispute with the government over pay. - Doctors working in England's public health service on Tuesday launched what has been billed as the most disruptive strike in its history, in a dispute over pay and working conditions. (Photo by Daniel LEAL / AFP)
Os médicos jovens já fizeram uma greve de três dias no mês passado, o que afetou 175 mil consultas (Crédito: Daniel LEAL / AFP)

Milhares de jovens médicos iniciaram, nesta terça-feira (11), uma greve de quatro dias na Inglaterra para exigir melhores salários em meio à crise do custo de vida, um protesto que pressiona ainda mais um serviço de saúde já esgotado. "Esta é a mobilização mais perturbadora da história do NHS (o serviço público de saúde), e as greves vão causar enormes pressões", declarou o diretor médico do NHS Inglaterra, Stephen Powis.

Segundo a NHS Confederation, entidade que representa os profissionais de saúde, até 350 mil consultas não urgentes poderão ser adiadas. Os médicos jovens já fizeram uma greve de três dias no mês passado, o que afetou 175 mil consultas.

No Reino Unido, os residentes ("junior Doctors") representam cerca de metade dos médicos hospitalares, que incluem desde os jovens médicos recém-saídos da universidade até os médicos com mais de oito anos de experiência. A greve de quatro dias, que começa nesta terça-feira (11) e vai até sábado (15), ocorre após o feriado prolongado da Páscoa, com uma parte do quadro funcional de férias.

O sindicato BMA, que representa o grupo, afirma que estes médicos perderam 26% do salário, em termos reais, desde 2008, quando se impôs um dispositivo de austeridade aos serviços de saúde. O sindicato está pedindo um aumento salarial de 35%, o que o ministro da Saúde, Steve Barclay, chama de "irrazoável". (AFP)