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Morre o coreógrafo francês Pierre Lacotte aos 91 anos

Sua última criação foi em outubro de 2021, com quase 90 anos

10 de Abril de 2023 às 12:26
Cruzeiro do Sul [email protected]
 (FILES) In this file photo taken on September 20, 2013 French choreographer Pierre Lacotte speaks to the press before a dress rehearsal of the ballet Paquita which he choreographed, at the Bolshoi Theater in Moscow, a day before the opening night. - Pierre Lacotte, French dancer and choreographer, who died at the age of 91 on April 10, 2023, devoted his life to reconstructing 19th century ballets which he brought back to life on the world's greatest stages. (Photo by Alexander NEMENOV / AFP)
Pierre Lacotte morreu nesta segunda-feira (10), aos 91 anos (Crédito: Alexander NEMENOV / AFP)

Conhecido por suas adaptações de balés do século XIX para as maiores companhias do mundo, o coreógrafo francês Pierre Lacotte morreu nesta segunda-feira (10), aos 91 anos — disse sua esposa, a bailarina Ghislaine Thesmar, à AFP. "Nosso Pierre nos deixou às 4h da manhã", afirmou Thesmar, especificando que ele faleceu em uma clínica em Seyne-sur-Mer (sul da França), por uma septicemia, após a infecção de um ferimento.

“É muito triste. Ainda estava cheio de projetos e escrevendo um livro”, lamentou sua mulher, com quem era casado desde 1968. Sua última criação foi em outubro de 2021, com quase 90 anos: a adaptação para o balé do romance "O vermelho e o negro", de Stendhal, para a Ópera de Paris. "Ele amava a Ópera (de Paris), era sua única casa", acrescentou sua viúva.

Nascido em 4 de abril de 1932, nos arredores de Paris, Lacotte ingressou na escola da ópera parisiense em 1942 e se tornou dançarino principal em 1951. Uma lesão no tornozelo obrigou-o, em 1968, a limitar suas atividades. Foi então que decidiu se concentrar nos antigos balés.

Entre outros, reconstruiu "La sílfide", o primeiro balé de pontas (1832), "Coppélia" (1870), "A filha do faraó" (1862), ou "Paquita" (1846), para alguns dos palcos mais prestigiados do mundo — do Bolshoi, de Moscou, ao Ópera, de Paris, passando pelo Mariinsky, de São Petersburgo, e Staatsoper, de Berlim. (AFP)