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Donald Trump pode reativar sua conta no YouTube

A plataforma de vídeos suspendeu a conta do ex-presidente dias depois que uma multidão de apoiadores atacou o Capitólio em Washington, em 6 de janeiro de 2021

17 de Março de 2023 às 15:17
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 DAVENPORT, IOWA - MARCH 13: Former President Donald Trump speaks to guests gathered for an event at the Adler Theatre on March 13, 2023 in Davenport, Iowa. Trump's visit follows those by potential challengers for the GOP presidential nomination, Florida Gov. Ron DeSantis and former U.N. Ambassador Nikki Haley, who hosted events in the state last week.   Scott Olson/Getty Images/AFP (Photo by SCOTT OLSON / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP)
"A partir de hoje, o canal de Donald J. Trump não está mais restrito e pode publicar novos conteúdos", disse o YouTube em um comunicado nesta sexta-feira (Crédito: SCOTT OLSON / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP)

A plataforma de vídeos on-line YouTube anunciou, nesta sexta-feira (17), que encerrará a suspensão da conta do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, após mais de dois anos de proibição na sequência do ataque de seus apoiadores ao Capitólio. O magnata, de 76 anos, que concorre à indicação republicana para as eleições presidenciais de 2024, não conseguiu postar nenhum conteúdo nesse período e seus 2,6 milhões de seguidores não puderam comentar vídeos antigos.

O YouTube suspendeu Trump dias depois que uma multidão de apoiadores atacou o Capitólio em Washington, em 6 de janeiro de 2021, para tentar impedir a certificação da vitória eleitoral de Joe Biden. Ele foi suspenso por postar conteúdo que a plataforma disse ter incitado os distúrbios. Depois, foi informado que poderia voltar quando "o risco de violência diminuir".

Trump alegou por semanas que a eleição presidencial foi roubada e foi acusado de instigar os distúrbios. "A partir de hoje, o canal de Donald J. Trump não está mais restrito e pode publicar novos conteúdos", disse o YouTube em um comunicado nesta sexta-feira.

"Avaliamos cuidadosamente o risco contínuo de violência no mundo real, ao mesmo tempo em que equilibramos a possibilidade de que os eleitores ouçam igualmente os principais candidatos nacionais nas vésperas de uma eleição", esclareceu.

Outras plataformas já restauraram as contas de Trump após suspendê-las pelos mesmos motivos do YouTube. A gigante Meta anunciou em janeiro que restauraria as contas do ex-presidente no Facebook e no Instagram com "novas medidas de segurança".

Sua conta no Twitter, que tem 87 milhões de seguidores, também foi bloqueada depois dos distúrbios. Trump criou então a plataforma Truth Social, onde menos de cinco milhões de pessoas o seguem. A União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU, na sigla em inglês), que apresentou mais de 400 ações legais contra Trump, aplaudiu a decisão da Meta.

"Gostemos ou não, o presidente Trump é uma das principais figuras políticas do país e o público tem grande interesse em ouvir seu discurso", afirmou o diretor-executivo da ACLU, Anthony Romero, em um comunicado.

"Na verdade, algumas das publicações mais ofensivas de Trump nas redes sociais acabaram sendo provas fundamentais nos processos apresentados contra ele e seu governo", explicou. O observatório de meios de comunicação Media Matter for America, porém, é contra permitir que Trump se beneficie das redes sociais, dado o papel que elas tiveram em sua vitória eleitoral em 2016.

Desde o seu retorno, Trump não postou conteúdo no Facebook, Instagram ou Twitter. (AFP)

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