Economia
China: Li Qiang é nomeado primeiro-ministro e comandará economia
Li foi indicado por Xi Jinping e nomeado para o cargo durante a sessão do Congresso Nacional do Povo
A China nomeou hoje Li Qiang, um confidente próximo do líder Xi Jinping, como o próximo primeiro-ministro do país e nominalmente responsável pela segunda maior economia do mundo, que agora enfrenta algumas de suas piores perspectivas em anos. Li foi indicado por Xi e nomeado para o cargo durante a sessão do Congresso Nacional do Povo, o parlamento cerimonial chinês deste sábado, um dia depois que Xi garantiu um terceiro mandato de cinco anos como líder do estado.
Li é mais conhecido por ter imposto um bloqueio brutal de "Covid-zero" em Xangai no ano passado como chefe do partido do centro financeiro da China, provando sua lealdade a Xi diante de reclamações de moradores sobre a falta de acesso a alimentos, cuidados médicos e serviços básicos. Li, de 63 anos, conheceu Xi durante seu mandato como chefe da província nativa de Li, Zhejiang, uma região relativamente rica do sudeste do país, conhecida como uma potência tecnológica e manufatureira.
Antes da pandemia, Li construiu uma reputação em Xangai e Zhejiang amigável com a indústria privada, mesmo quando Xi impôs controles políticos mais rígidos e restrições anti-covid, além de mais controle sobre o comércio eletrônico e outras empresas de tecnologia.
Ao contrário de Xi, que recebeu o endosso total do órgão, a contagem de Li incluiu três votos contrários e oito abstenções.
Como primeiro-ministro, Li será encarregado de reviver uma economia lenta ainda superando a pandemia de Covid-19 e confrontada com a fraca demanda global por exportações, aumentos persistentes de tarifas nos EUA, força de trabalho em declínio e envelhecimento da população.
Na abertura da sessão anual do congresso no domingo passado, o primeiro-ministro que está deixando o cargo, Li Keqiang, anunciou planos para um renascimento da economia liderado pelo consumidor, estabelecendo a meta de crescimento deste ano em "cerca de 5%". O crescimento do ano passado caiu para 3%, o segundo nível mais fraco desde pelo menos a década de 1970. Fonte/Associated Press. (Estadão Conteúdo)