Internacional
Biden aumenta impostos para bilionários e empresas em projeto orçamentário
O objetivo é conseguir uma redução do déficit federal de 3 trilhões de dólares durante a próxima década
O presidente americano, Joe Biden, apresentou, nesta quinta-feira (9), uma proposta de orçamento que prevê uma redução do déficit de 3 trilhões de dólares (cerca de 15,43 trilhões de reais) em 10 anos e tributa bilionários e grandes empresas. A Casa Branca informou que Biden quer um imposto de 25% aos americanos mais ricos, enquanto os tributos cobrados às empresas aumentariam para 28%, revertendo um enorme corte de impostos promulgado pelo governo Trump em 2017.
O objetivo é conseguir uma redução do déficit federal de 3 trilhões de dólares durante a próxima década. Os detalhes divulgados pela Casa Branca desafiam os republicanos, enquanto o presidente se prepara para anunciar se concorrerá à reeleição. Não consideram, porém, que os republicanos devem bloquear a maioria das propostas de Biden no Congresso, alegando que a solução para a dívida crescente dos EUA implica em cortar gastos e não em aumentar impostos.
No entanto, os republicanos estão sob pressão para explicar onde cortariam gastos. Já os democratas tentam se apresentar como o partido dos americanos comuns. O plano de Biden "investirá nos Estados Unidos, reduzirá custos e cortará impostos para famílias trabalhadoras", disse a Casa Branca.
Biden também propõe aumentar os impostos sobre aqueles que ganham mais de 400 mil dólares (cerca de 2,05 milhões de reais) por ano para garantir a solvência do Medicare, o sistema de seguro de saúde financiado pelo governo para pessoas com mais de 65 anos.
Segundo a Casa Branca, aumentar a contribuição do Medicare de 3,8% para 5% das pessoas mais ricas garantiria a viabilidade do programa por mais de duas décadas. "Meu orçamento pedirá aos ricos que paguem sua parte justa para que milhões de trabalhadores que ajudaram a construir essa riqueza possam se aposentar com o Medicare pelo qual pagaram", tuitou Biden nesta quinta-feira. (AFP)