Um brasileiro de 26 anos foi preso na noite de segunda-feira (27), em um aeroporto de Lisboa, em Portugal, transportando uma mala com carne humana, de acordo com informações do jornal português Correio da Manhã. Trata-se do mineiro Begoleã Mendes Fernandes, que tinha acabado de chegar em Lisboa de um voo proveniente de Amsterdã, na Holanda, e iria embarcar em outro avião com destino a Belo Horizonte, Minas Gerais, no Brasil, ainda na tarde de segunda-feira.

Antes disso, ele foi detido pelos inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) de Portugal, que averiguaram que seu passaporte e visto de residência italiano eram falsificados. No sistema do aeroporto, descobriram ainda que já havia um pedido de detenção por homicídio emitido pela polícia da Holanda, assim como a suspeita de canibalismo.

Em sua bagagem, ainda de acordo com o periódico português, havia uma caixa de plástico com diversos pedaços de carne humana. No entanto, de acordo com as análises, a carne humana não pertence a Alan Lopes, homem de 26 anos que teria sido morto por Fernandes, em Amsterdã, no domingo (26).

Ainda segundo informações publicadas pelo Correio da Manhã ontem (2), Fernandes enviou mensagens à família e amigos da vítima horas depois de ter cometido o crime.

Nos áudios gravados, o brasileiro justificou que estava se defendendo depois de o amigo, também brasileiro, ter dito que ele era canibal e que iria comê-lo em um churrasco na tarde de domingo.

De acordo com as redes sociais de Begoleã, ele é natural da pequena cidade de Matipó, na zona da mata de Minas Gerais, que tem apenas 18.600 habitantes. Ainda segundo suas próprias publicações, ele é estudante de odontologia desde 2018 em uma instituição particular.

Num texto em seu perfil no Facebook, ele se define como “um gênio louco, 2% gênio e 98% louco! E só bem-humorado”.

Procurados, o Itamaraty e a Embaixada dos Países Baixos em Brasília não se pronunciaram. (Estadão Conteúdo)