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Adolescente é resgatada com vida de escombros na Turquia

Melda, de 16 anos, ficou presa sob uma parede que desabou sobre um poço profundo

10 de Fevereiro de 2023 às 11:46
Cruzeiro do Sul [email protected]
 Emergency personnel conduct a rescue operation to save 16-year-old Melda from the rubble of a collapsed building in Hatay, southern Turkey, on February 9, 2023, where she has been trapped since a 7.8-magnitude earthquake struck the country's south-east. - The combined death toll has risen to over 1,900 for Turkey and Syria after the region's strongest quake in nearly a century on February 6, 2023. Turkey's emergency services said at least 1,121 people died in the 7.8-magnitude earthquake, with another 783 confirmed fatalities in Syria, putting that toll at 1,904. (Photo by BULENT KILIC / AFP)
Adolescente é resgatada com vida de escombros na Turquia (Crédito: BULENT KILIC / AFP)

Os moradores deram o alerta: escutaram um ruído atrás de uma parede. Após cinco horas de trabalho, os socorristas conseguiram tirar Melda Adtas com vida dos escombros deixados pelo terremoto na Turquia. Mais de 80 horas após o terremoto de magnitude 7,8 que arrasou o sudeste da Turquia e o noroeste da Síria, encontrar sobreviventes começa a ser considerado um milagre.

O frio é intenso durante as noites, especialmente em Antakya, capital da devastada província de Hatay. Três moradores foram resgatados no edifício de Melda. Os socorristas correm contra o tempo sob os olhares de um pai aflito que não conseguia localizar sua filha.

Melda, de 16 anos, ficou presa sob uma parede que desabou sobre um poço profundo. O líder da equipe, Suleyman, é garimpeiro no mar Negro e se deslocou ao sul do país para ajudar. Sem ele, asseguram os demais, o resgate não seria possível porque Suleyman sabe como se infiltrar em espaços escuros.

Trabalhando em silêncio para manter a comunicação com a jovem, os homens retiraram os obstáculos um a um até chegar a Melda, muito machucada, mas viva, a quem puxaram com cuidado. Seis socorristas, com capacetes e cobertos de pó, levantaram a maca depois de cobrirem a jovem com uma manta para a proteger do frio e dos olhares indiscretos. A maioria das vítimas estava dormindo e usava pouca roupa quando o chão tremeu.

Enquanto a jovem era levada a salvo para a ambulância, os homens se abraçavam e comemoravam, alguns em lágrimas. "Não trabalhamos em vão! Tiramos uma menina dos escombros!", afirmou um deles. "Que dia é hoje?", perguntou outro, exausto e desorientado após dias de trabalho intenso.

No entanto, o mais feliz era o pai de Melda: "Que Deus os abençoe! Que Deus abençoe a todos!", exclamava entre os aplausos dos moradores. (AFP)