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Chanceler alemão visita América do Sul

Acompanhado por uma delegação de empresários, Scholz se reuniu, ontem, em Buenos Aires, com o presidente argentino Alberto Fernández

28 de Janeiro de 2023 às 23:50
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O chefe de governo da Alemanha, Olaf Scholz, iniciou ontem (28) uma viagem que o levará a Argentina, Chile e Brasil. O chanceler será o primeiro dirigente das potências ocidentais a se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde que o petista tomou posse em 1º de janeiro.

Acompanhado por uma delegação de empresários, Scholz se reuniu, ontem, em Buenos Aires, com o presidente argentino Alberto Fernández. A agenda prevê que Scholz desembarque hoje no Chile, onde visitará, acompanhado do presidente Gabriel Boric, o Museu da Memória e dos Direitos Humanos, que recorda as atrocidades cometidas durante a ditadura de Augusto Pinochet.

Amanhã é esperado em Brasília, onde participará de uma cúpula entre a maior economia europeia e a maior da América Latina.

A visita acontece no momento em que as empresas alemãs buscam oportunidades de negócios após os problemas de fornecimento de matérias-primas provocados pela invasão russa da Ucrânia.

Os três destinos de Scholz são ricos em recursos naturais e ‘parceiros muito interessantes‘ para a Alemanha, disse uma fonte do governo alemão em Berlim.

Um dos principais temas da agenda será a reativação do acordo comercial entre a UE e o Mercosul. Firmado em 2019, após 20 anos de negociações, o texto ainda não foi ratificado e é alvo de fortes críticas nos países europeus.

Em particular, setores agrícolas e movimentos ambientalistas europeus questionam a procedência de produtos resultantes do desmatamento da floresta amazônica, que Lula propôs reverter.

A Alemanha também vai aproveitar a visita para tentar trazer os países sul-americanos para o lado da Ucrânia na guerra contra a invasão russa, segundo fontes do governo alemão.

Brasil, Argentina e Chile condenaram a invasão, mas têm sido reticentes para impor sanções contra Moscou. O agronegócio brasileiro, por exemplo, tem a Rússia como seu principal fornecedor de fertilizantes. (AFP)