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Saúde

OMS muda o nome da varíola dos macacos para 'mpox'

Se o nome se mostrar problemático em qualquer idioma, a OMS iniciaria consultas com as autoridades competentes

28 de Novembro de 2022 às 12:17
Cruzeiro do Sul [email protected]
Com a confirmação da primeira morte por varíola dos macacos em São Paulo, o total de óbitos pela doença no País subiu para seis
OMS muda o nome da varíola dos macacos para 'mpox' (Crédito: Divulgação/ Fiocruz)

A varíola dos macacos - monkeypox, em inglês - passará a se chamar mpox em todos os idiomas, anunciou a Organização Mundial de Saúde nesta segunda-feira (28). Ambos os nomes serão usados durante um ano, até o termo varíola dos macacos ser substituído por completo, especificou a OMS.

A organização, com sede em Genebra, tem autoridade para nomear novas doenças e, muito excepcionalmente, mudar o nome das já existentes. "A questão do uso do novo nome em diferentes idiomas foi amplamente discutida. O termo mpox pode ser usado em outras línguas", afirmou a OMS. Se o nome se mostrar problemático em qualquer idioma, a OMS iniciaria consultas com as autoridades competentes.

Quando o surto de varíola dos macacos começou, na primavera de 2022, "declarações racistas e estigmatizantes" foram observadas online, o que levou alguns países e indivíduos a pedirem uma mudança de nome, lembrou a OMS. A varíola dos macacos recebeu esse nome porque foi originalmente identificada em macacos destinados à pesquisa na Dinamarca em 1958, mas a doença se desenvolve mais comumente em roedores.

Foi relatado pela primeira vez em humanos em 1970, na República Democrática do Congo. Sua propagação em humanos estava limitada a certos países da África Ocidental, onde é endêmica. Mas em maio começaram a aparecer casos de varíola dos macacos no mundo inteiro.

A doença causa erupções cutâneas, que podem aparecer nos órgãos genitais ou na boca, acompanhadas de febre e dor de garganta. Na maioria dos casos, os pacientes são, até o momento, homens que mantêm relações sexuais com homens, relativamente jovens. Neste ano, 81.107 casos foram registrados em 110 países, com um total de 55 mortes, segundo a OMS. (AFP)