As autoridades indonésias elevaram nesta terça-feira (22) para 268 o número de mortos e mais de mil o de feridos no terremoto de magnitude 5,6 graus ocorrido na segunda-feira (21) na Ilha de Java. Equipes de emergência continuavam a trabalhar em áreas onde prédios desabaram e houve deslizamento de terra em busca de sobreviventes.

O balanço atualizado da Agência Nacional de Gestão de Desastres aponta que, além dos mortos, há 151 pessoas declaradas desaparecidas. Entre os feridos, há mais de 300 em estado grave.

A cidade de Cianjur, distante 110 quilômetros de Jacarta, foi a mais afetada, pois estava perto do epicentro do terremoto, o que fez com que moradores apavorados fugissem para as ruas. Uma moradora disse que, quando o terremoto começou, ela agarrou o marido e o filho e saiu correndo de casa, que desabou logo em seguida.

No vilarejo de Cijedil, a noroeste de Cianjur, o terremoto provocou um deslizamento de terra que bloqueou ruas e soterrou várias casas, e havia relatos de que 25 pessoas ainda estavam presas, disse Henri Alfiandi, chefe da Agência Nacional de Busca e Resgate.

Muitos dos mortos eram estudantes de escolas públicas que haviam terminado as aulas do dia e estavam tendo aulas extras em escolas islâmicas, disse o governador de Java Ocidental, Ridwan Kamil.

As primeiras tentativas de resgate foram prejudicadas porque estradas e pontes foram danificadas e pelos cortes de energia, além da falta de equipamentos pesados para ajudar a mover os grandes escombros de concreto.

A destruição foi agravada por uma onda de 62 tremores secundários, com magnitudes de 1,8 a 4 graus em Cianjur, cidade de 175 mil habitantes. A Indonésia registra com frequência terremotos por estar localizada na região conhecida como “círculo de fogo” do Pacífico, ponto de encontro de placas tectônicas.

O país continua marcado pelo terremoto de 26 de dezembro de 2004, de 9,1 graus de magnitude, na costa de Sumatra. O tremor desencadeou um tsunami devastador que matou 220.000 pessoas na região, incluindo 170 mil na Indonésia, uma das maiores catástrofes naturais registradas na história. (Agência Estado e AFP)