Internacional
Pesquisas indicam republicanos em vantagem na eleição nos EUA
Os americanos vão às urnas hoje (8) para renovar todos os 435 deputados -- com mandato de dois anos -- e 35 dos 100 senadores, além de 39 governadores e centenas de cargos locais. As eleições de meio de mandato são sempre um desafio para o presidente americano, eleito dois anos antes. E, desta vez, o roteiro será o mesmo. Os democratas devem perder a maioria na Câmara e no Senado, segundo pesquisas.
Simulação feita pelo agregador de pesquisa FiveThirtyEight mostra que o Partido Republicano está em vantagem nas eleições de meio de mandato tanto para a Câmara dos Representantes quanto para o Senado. O levantamento simulou a eleição 40 mil vezes para ver qual partido ganharia as eleições com mais frequência.
Segundo o site, republicanos têm 80% de chance de assumir a Câmara, assegurando entre 214 e 246 lugares, o que representaria mais da metade das 435 vagas da instituição. Na amostra analisada, o partido vence os democratas em 82% dos cenários.
Já para o Senado, os republicanos têm 54% de chance de ganharem maioria, com 80% de chance de assegurar entre 48 e 54 lugares, de um total de 100 vagas. A pesquisa indica que as duas melhores oportunidades para os republicanos são nos estados de Nevada e Geórgia, mas os candidatos democratas mantêm vantagem no Arizona e em New Hampshire.
Furacão
O empresário russo Yevgeni Prigozhin, líder do grupo mercenário Wagner e conhecido como “chef” de Vladimir Putin, afirmou ontem (7) que a Rússia interfere e vai continuar a interferir nas eleições dos Estados Unidos. O comentário de Prigozhin, na véspera da votação das midterms nos EUA, é uma das principais confirmações de anos de acusações de ingerência de Moscou nas eleições em Washington.
“Nós interferimos e continuaremos a fazê-lo. Com precaução, precisão, de forma cirúrgica, de uma maneira que nos é única”, declarou Prigozhin, citado em uma publicação nas redes sociais de sua empresa Concord, em resposta a uma pergunta sobre alegações de interferência russa nas eleições de meio de mandato nos Estados Unidos feita pela agência Bloomberg. (Estadão Conteúdo)