Internacional
China não quer o "transbordamento" da guerra

Na Assembleia Geral da ONU, ontem (24), o ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, pediu que Rússia e Ucrânia não permitam que o conflito ‘transborde‘. ‘Pedimos a todas as partes envolvidas que evitem que a crise transborde e que protejam os direitos e interesses legítimos dos países em desenvolvimento‘, declarou o chanceler, depois de assegurar que a China ‘apoia todos os esforços para uma solução pacífica‘ da ‘crise ucraniana‘.
A prioridade ‘premente é facilitar as negociações de paz‘, disse Wang, que em nenhum momento expressou apoio à invasão da Ucrânia pela Rússia.
Lembrando que seu país adere ao princípio de ‘não interferência‘, disse que a China ‘tem feito esforços para resolver os problemas de todas as partes de maneira construtiva‘. Mas Pequim se recusa a condenar a invasão russa daquela ex-república soviética.
Na semana passada, depois de um encontro com o presidente chinês Xi Jinping, o presidente russo Vladimir Putin elogiou ‘a posição equilibrada‘ de Xi sobre a Ucrânia e disse ‘compreender suas dúvidas e preocupações‘ sobre uma invasão que já dura sete meses.
Ao mesmo tempo, neste sábado, o chefe da diplomacia chinesa se referiu a Taiwan, que não está na ONU, e declarou que a China deve ‘combater firmemente as atividades separatistas‘ e ‘executar ações determinadas a se opor à interferência externa‘. ‘Qualquer tentativa de impedir a reunificação da China deve ser esmagada pela roda da história‘, alertou. (Da Redação com AFP)