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Festival de Ganesh, o deus elefante, retorna em grande estilo na Índia

31 de Agosto de 2022 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Festa em Mumbai vai durar 11 dias
Festa em Mumbai vai durar 11 dias (Crédito: PUNIT PARANJPE / AFP)

Ganesh, a divindade com cabeça de elefante, retorna em grande estilo a Mumbai, que a partir de hoje (31) celebra um dos grandes festivais hindus na Índia.

Nos últimos dois anos, a pandemia obrigou as autoridades a restringir as dimensões do festival, começando pelas representações de Ganesh, para atrair menos pessoas.

Agora as estátuas recuperaram seu tamanho de elefantes de pelo menos dez metros de altura. São tão pesadas que é preciso ter dezenas de pessoas para levantar as figuras e movê-las de um lugar para outro.

O festival dura 11 dias e atrai dezenas de milhares de peregrinos hindus às ruas desta grande cidade costeira.

O artesão Bharat Masurkar, no ramo há quatro décadas, está satisfeito com o retorno das encomendas, sentado entre dezenas de suas criaturas esculpidas em argila e gesso e depois cobertas com cores brilhantes.

‘Este ano, o barro e o gesso voltaram com total efervescência‘, disse sem parar o trabalho em seu ateliê.

Os Ganesh são geralmente feitos com gesso de Paris, um material consistente e leve que permite um transporte confortável por estrada.

A maioria dos ídolos é transportada em carros puxados por homens até os bairros em que foram encomendados, para festas de rua em que milhares de fiéis dançam por horas.

Segundo os artesãos, o barro é muito pesado e quebradiço para fazer figuras grandes. Da mesma forma, as estátuas de papel machê podem ficar encharcadas já que a temporada é de chuvas.

O festival termina com procissões de Ganesh em direção ao Mar Arábico, onde as divindades são submersas.

O gesso, no entanto, não se dissolve e acaba mais tarde na costa, poluindo a água e prejudicando a vida marinha, segundo ambientalistas.

O impacto ambiental das estátuas de gesso tornou-se motivo de preocupação para as autoridades, que decidiram proibi-las a partir do próximo ano. (AFP)