Internacional
Casa Branca critica leis que proíbem o aborto nos EUA
A Casa Branca criticou, ontem, 26, a entrada em vigor de leis ‘drásticas‘ para proibir o aborto em Oklahoma, Idaho, Texas e Tennessee, segundo a porta-voz da Presidência americana Karine Jean-Pierre.
Referindo-se de maneira geral à ofensiva conservadora contra o direito ao aborto, o presidente Joe Biden declarou, durante uma reunião com parlamentares na Casa Branca: ‘acredito que os americanos percebem que tudo isso passa muito dos limites‘.
Biden reiterou a necessidade de uma lei federal para restaurar o direito ao aborto em todo o país e afirmou que em novembro, durante as eleições de meio de mandato, ‘os americanos garantirão que isso vai acontecer‘ dando aos democratas uma clara maioria no Congresso.
A defesa do direito ao aborto é um dos pontos centrais da campanha do Partido Democrata para estas eleições.
Idaho, Texas e Tennessee se somaram a dez estados conservadores que adotaram leis que proíbem a interrupção voluntária da gravidez, inclusive em casos de estupro e incesto. Sua entrada em vigor é consequência direta da decisão, em 24 de junho, da Suprema Corte de revogar o direito constitucional ao aborto.
A lei que entrou em vigor em Oklahoma prevê penalizar médicos e profissionais de saúde que realizem o procedimento a multas altas e até 10 anos de prisão.
‘Estas proibições quase totais do aborto são parte de uma iniciativa cada vez mais ampla dos republicanos para suprimir as liberdades que os americanos conquistaram há mais de meio século‘, disse Karine Jean-Pierre.
‘Os americanos devem saber que este e outros direitos básicos, incluindo o direito à anticoncepção e o que autoriza casamentos para todos, estão ameaçados‘, insistiu. (AFP)