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Internacional

Ataques aéreos de Israel deixam 10 mortos em Gaza

Israel proibiu reuniões em áreas de até 80 quilômetros da Faixa de Gaza e moradores de regiões próximas à fronteira foram instruídos a permanecer perto de abrigos antiaéreos

06 de Agosto de 2022 às 08:48
Cruzeiro do Sul [email protected]
 Rockets are fired from Gaza City on August 6, 2022 in the aftermath of Israeli aerial bombardment. Israel hit Gaza with air strikes and the Palestinian Islamic Jihad militant group retaliated with a barrage of rocket fire, in the territory's worst escalation of violence since a war last year. Israel has said it was forced to launch a
Rockets are fired from Gaza City on August 6, 2022 in the aftermath of Israeli aerial bombardment. Israel hit Gaza with air strikes and the Palestinian Islamic Jihad militant group retaliated with a barrage of rocket fire, in the territory's worst escalation of violence since a war last year. Israel has said it was forced to launch a "pre-emptive" operation against Islamic Jihad, insisting the group was planning an imminent attack following days of tensions along the Gaza border. (Photo by MAHMUD HAMS / AFP) Caption (Crédito: AFP)

Israel lançou nesta sexta-feira (5), vários ataques à Faixa de Gaza, que deixaram pelo menos 10 mortos e cerca de 55 feridos, segundo o Ministério da Saúde do território. Entre os mortos, está Taysir al-Jabari, comandante da Jihad Islâmica, segundo maior grupo militante de Gaza.

Israel disse que a operação, apelidada de "Amanhecer", não terminou e estava mirando a Jihad Islâmica em resposta a uma "ameaça iminente" após a prisão de Baha Abu al-Ata, outro militante do grupo na Cisjordânia, no início desta semana. Horas depois, em retaliação aos ataques, militantes palestinos lançaram uma enxurrada de foguetes em direção ao território israelense. A Jihad Islâmica alegou ter disparado 100 foguetes.

Israel proibiu reuniões em áreas de até 80 quilômetros da Faixa de Gaza e moradores de regiões próximas à fronteira foram instruídos a permanecer perto de abrigos antiaéreos. As travessias pela região já haviam sido proibidas dias antes por Israel, para prevenir as retaliações pela prisão de Abu al-Ata.

Conflito

Israel e Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, travaram vários confrontos nos últimos 15 anos a um grande custo para os 2 milhões de residentes do território palestino. O último ocorreu em maio de 2021 - 232 pessoas morreram do lado palestino e os ataques com foguetes lançados pelos militantes mataram 12 israelenses. Desde então, a tensão se deslocou para a Cisjordânia ocupada.

Tanto Israel quanto o Hamas haviam sinalizado que buscavam evitar outra guerra em larga escala no enclave, que vive um bloqueio israelense e egípcio desde 2007. Mas os ataques de ontem provocaram ameaças de grupos militantes palestinos e levantaram a possibilidade de um conflito prolongado.

Os ataques aéreos ocorreram após quase uma semana de crescentes tensões entre Israel e a Jihad Islâmica, que muitas vezes age independentemente do Hamas, o principal grupo militante palestino.

Defesa

Após os bombardeios de ontem, a Jihad Islâmica disse que responderá com força. "O inimigo iniciou uma guerra contra nosso povo. Precisamos nos defender", afirmaram os militantes, em comunicado. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS). (Estadão Conteúdo)