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Varíola dos macacos

EUA declaram emergência de saúde pública

05 de Agosto de 2022 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
As vacinas ainda são insuficientes para o público-alvo
As vacinas ainda são insuficientes para o público-alvo (Crédito: MARIO TAMA / AFP PHOTO)

Os Estados Unidos declararam ontem (4) a epidemia de varíola dos macacos uma emergência de saúde pública. A medida permitirá ao governo destinar recursos, coletar dados e mobilizar mais funcionários na luta contra a doença.

“Estamos preparados para elevar a resposta a este vírus para outro patamar e instamos todos os americanos a levarem a sério a varíola dos macacos e a assumirem a responsabilidade de nos ajudar a enfrentar este vírus”, disse o secretário de Saúde e Serviços Humanos, Xavier Becerra.

Com validade de 90 dias e possibilidade de renovação, a emergência foi declarada no dia em que 6.600 casos foram superados no país, cerca de um quarto deles no estado de Nova York. Especialistas acreditam haver subnotificação porque, muitas vezes, os sintomas são brandos, como lesões simples.

Os Estados Unidos entregaram, até agora, cerca de 600 mil doses da vacina comercializada como Jynneos na América do Norte (Imvanex na Europa), desenvolvida inicialmente contra a varíola humana. Cerca de 1,6 milhão de pessoas estão no grupo de alto risco no país.

A próxima entrega, de 150 mil doses, não acontecerá antes de setembro, devido a problemas de logística, indicou um funcionário do alto escalão do Departamento de Saúde.

Cerca de 99% dos casos registrados nos Estados Unidos são de homens que têm relações sexuais com outros homens, informou o Departamento de Saúde na semana passada. Essa é a população prioritária para a vacinação e para as ações preventivas organizadas por autoridades.

Diferentemente de surtos anteriores na África, o vírus agora é transmitido principalmente por meio da atividade sexual, mas o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) advertiu que também poderia ser transmitido compartilhando cama, roupas ou por contato próximo prolongado. (AFP)