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Draghi está perto de renunciar na Itália

21 de Julho de 2022 às 00:01
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O primeiro-ministro Mario Draghi
O primeiro-ministro Mario Draghi (Crédito: ANDREAS SOLARO / AFP)

 

O primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, ganhou um voto de confiança no Senado ontem (20), mas perdeu a perspectiva de sobrevivência de seu governo com a saída de sua coalizão de três partidos de direita: o Movimento 5 Estrelas (M5S), do Forza Italia (FI), de Silvio Berlusconi, e da Liga, de Matteo Salvini.

Draghi deve apresentar na manhã de hoje a sua renúncia na Câmara dos Deputados. Ele nem sequer pretende ouvir o debate no plenário. Em seguida, o premiê deve ir ao Palácio Quirinale para confirmar o fim do governo para o presidente, Sergio Mattarella -- que desta vez terá que aceitá-la, após a anunciada em 14 de julho.

Assim, a hipótese de eleições antecipadas ganhou força ontem e começou a ser debatida abertamente pelos parlamentares. A data mais provável é 2 de outubro.

Ontem, das 320 cadeiras do Senado, Draghi recebeu 95 votos a favor e 38 contra -- a grande maioria, porém, boicotou a votação. A crise começou na semana passada, depois que o M5S retirou seu apoio a um pacote de ajuda de 26 bilhões de euros à população, qualificado de “insuficiente”.

Draghi apresentou sua renúncia, mas Mattarella rejeitou e pediu que o premiê voltasse ao Parlamento e tentasse evitar a queda do terceiro governo em três anos. O premiê recebeu a missão de reconstruir a aliança, dando um prazo que se esgotou ontem. (Estadão Conteúdo e AFP)