Exterior
Boris Johnson considera que guerra na Ucrânia pode durar até o final de 2023
Premiê britânico também anunciou que está considerando enviar tanques para a Polônia para ajudar Kiev
O primeiro-ministro britânico Boris Johnson considerou, nesta sexta-feira (22), uma "possibilidade realista" de que a guerra na Ucrânia dure até o final de 2023 e anunciou que está considerando enviar tanques para a Polônia para ajudar Kiev, onde a embaixada britânica reabrirá "na próxima semana".
"É uma possibilidade realista, sim, claro, [o presidente russo Vladimir] Putin tem um exército enorme (...) ele cometeu um erro catastrófico e a única opção que ele tem agora é continuar tentando (...) esmagar os ucranianos", respondeu durante uma coletiva de imprensa na Índia a uma pergunta sobre essa data mencionada por fontes ocidentais.
Como parte da ajuda militar às autoridades ucranianas, o Reino Unido está "estudando a possibilidade de enviar tanques para a Polônia" para substituir os T72 de design soviético que o país pode fornecer à Ucrânia, já que seus militares já sabem como operá-los.
Por outro lado, seu país já está treinando soldados ucranianos no uso de veículos blindados modernos que Londres fornecerá à Ucrânia, anunciou Johnson na quinta-feira.
Durante uma visita a Kiev em 9 de abril, onde se encontrou com o presidente Volodymyr Zelensky, Johnson prometeu fornecer à Ucrânia 120 veículos blindados e novos sistemas de mísseis antinavio como parte de um pacote de ajuda militar britânico que também inclui mais de 10.000 veículos antitanque.
O primeiro-ministro britânico também anunciou nesta sexta-feira em Nova Délhi que "reabriremos nossa embaixada na capital ucraniana muito em breve, na próxima semana".
Em fevereiro, pouco antes do início da invasão russa da Ucrânia, o Ministério das Relações Exteriores britânico anunciou a transferência "temporária" de sua embaixada de Kiev para Lviv, no oeste da Ucrânia.
A embaixada francesa na Ucrânia, que também se mudou para essa cidade em março, retornou a Kiev em meados de abril. A Itália fez o mesmo e a Espanha anunciou o retorno em breve de sua missão diplomática à capital ucraniana. (AFP)