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Guerra

Rússia amplia ataques a Kiev, a capital ucraniana

O exército russo diz ter atingido alvos na cidade como resposta a supostos ataques dentro de seu território

16 de Abril de 2022 às 08:58
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Imagem de 15 de abril de 2022, quando mísseis russos atingiram prédios residenciais na região de Kiev
Imagem de 15 de abril de 2022, quando mísseis russos atingiram prédios residenciais na região de Kiev (Crédito: Fadel Senna/ AFP (15/4/2022))

A Rússia atingiu alvos na capital ucraniana, Kiev, como resposta a supostos ataques dentro do território russo. Ambos os lados estão se preparando para uma nova etapa na guerra terrestre no leste da Ucrânia.

O exército russo atingiu uma fábrica que produz mísseis de longo e médio alcance, em uma região próxima à Kiev, informou o Ministério da Defesa russo. O ataque ocorre um dia após a Ucrânia ter declarado que foi a responsável por ter atingido o Moskva, navio da frota russa.

“O número e a magnitude dos ataques com mísseis em locais de Kiev aumentarão em resposta a todos os ataques e sabotagens do tipo terrorista realizados em território russo”, disse o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov.

Um funcionário de alto escalão da Defesa dos Estados Unidos afirmou que o navio Moskva foi atingido e afundado por dois mísseis ucranianos, o que também foi confirmado pela Ucrânia. A Rússia, por sua vez, informou que o navio afundou devido aos danos causados por um incêndio. O ato representa um golpe significativo que pode comprometer a segurança de toda a frota russa do Mar Negro. Desde que a guerra começou, em 24 de fevereiro, navios russos dispararam mísseis a partir da região contra cidades ucranianas. Os ataques, em sua maioria, visavam infraestrutura, depósitos de combustível, bases militares e prédios administrativos civis. “É uma perda significativa”, disse a autoridade dos EUA.

Autoridades e analistas militares avaliam que os dois lados se preparam, agora, para uma nova etapa da guerra, na região de Donbas, no leste da Ucrânia. A área abriga duas regiões apoiadas pela Rússia, após terem rompido com o controle do governo ucraniano em 2014 -- mesmo ano em que Moscou anexou a região da Crimeia ao seu território. Russos também tentam assumir o controle da cidade de Mariupol, no sudeste. A região é estratégica e serve como uma ligação potencial entre o continente russo e a península da Crimeia.

O diretor da Agência Central de Inteligência, William Burns, reiterou ontem as preocupações dos EUA de que Putin possa recorrer ao uso de armas nucleares táticas se sentir que a Rússia está enfrentando uma perda catastrófica em sua invasão da Ucrânia.

Mercenários

A Rússia também afirmou nesta sexta-feira ter matado 30 “mercenários poloneses” em um bombardeio no nordeste da Ucrânia, em momento de tensão crescente entre os governos russo e polonês. (Estadão Conteúdo e AFP)