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Guerra

Ucrânia realiza 1º ataque na Rússia

02 de Abril de 2022 às 00:01
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Moradores estão conseguindo deixar Berdyansk e Mariupol.
Moradores estão conseguindo deixar Berdyansk e Mariupol. (Crédito: EMRE CAYLAK / AFP)

Dois helicópteros das Forças Armadas da Ucrânia atacaram ontem (1º) um depósito de combustíveis em Belgorod, que fica dentro de território russo, segundo afirmou o prefeito da cidade, Viacheslav Gladkov. A cidade fica a menos de 32 quilômetros da fronteira ucraniana e tem presença de tropas russas, que a utilizam para a entrar no leste da Ucrânia.

A Ucrânia não desmentiu nem confirmou ter realizado o ataque. Se confirmado, seria a primeira ofensiva ucraniana em território inimigo, desde que o conflito começou, com a invasão russa, em 24 de fevereiro.

De acordo com Gladkov, as aeronaves cruzaram a fronteira em baixa altitude no início da manhã e fizeram o ataque aéreo. Ele disse ainda que dois trabalhadores locais ficaram feridos e moradores deixaram a cidade. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse que o presidente russo, Vladimir Putin, está ciente do episódio, e que o governo está analisando o caso para possíveis respostas.

Peskov disse ainda que o suposto ataque “não cria condições confortáveis para continuar as conversas por um acordo de paz”. A Ucrânia diz estar pronta para adotar o status de país neutro e renunciar à adesão à Otan, com a condição de que outros países garantam sua segurança contra a Rússia.

Ainda ontem, uma caravana de ônibus conseguiu evacuar alguns civis da cidade ucraniana de Mariupol, a mais assediada e bombardeada pelas tropas russas.

Negociações

O vice-secretário-geral para Assuntos Humanitários da ONU, o britânico Martin Griffiths, estará neste domingo (3) em Moscou para tentar garantir um “cessar-fogo humanitário” na Ucrânia, anunciou ontem (1º) o chefe da ONU, Antonio Guterres.

“Ele estará no domingo em Moscou e depois irá a Kiev”, informou Guterres a jornalistas, lembrando que recentemente deu a Griffiths a missão de “buscar um cessar-fogo humanitário na Ucrânia”. “Isso significa que não desistimos da perspectiva de deter os combates”, seja “no Iêmen, na Ucrânia, em todas as partes do mundo”, completou. (AFP)