A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou ontem (30) um plano atualizado para a Covid-19, estabelecendo importantes estratégias que, se implementadas em 2022, permitirão que o mundo saia da fase emergencial da pandemia. O plano inclui três cenários possíveis para a evolução do vírus.

“De acordo com o que sabemos agora, o cenário mais provável é que o vírus da Covid-19 continue evoluindo, mas a gravidade da doença que ele causa irá reduzir com o tempo enquanto a imunidade aumenta por conta da vacinação e das infecções”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Nesse cenário base, que serve como modelo de trabalho, o vírus causa menos surtos graves, com altas periódicas em números de transmissão com a redução da imunidade. As doses de reforço podem ser necessárias para os que estão em maior risco.

No melhor cenário da OMS, as variantes futuras seriam “significativamente menos graves”, e a proteção de doenças graves seria de longa duração, sem a necessidade de doses futuras de reforço ou mudanças significativas nas vacinas atuais.

No pior cenário, o vírus se transforma em uma ameaça nova, altamente transmissível e mortal. Nesse cenário, as vacinas seriam menos eficientes e a imunidade para doenças severas e morte cairia rapidamente.

Novo remédio

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou ontem a autorização, em caráter emergencial, do medicamento para a Covid-19 Paxlovid, que compreende o uso combinado dos remédios nirmatrelvir e ritonavir e já é usado na Europa e nos EUA.

Produzido pela Pfizer, o remédio reduz em 89% o risco de internação e morte em decorrência da doença, segundo resultados do fim de 2021. (Agência Brasil e Estadão Conteúdo)