Os países ocidentais tentam atingir a Rússia onde mais dói: o setor financeiro. Após um primeiro pacote de sanções, eles bloquearam ontem (25) os bens do presidente russo, Vladimir Putin, e de seu chanceler, Serguei Lavrov, em resposta à invasão da Ucrânia.

Busca-se, com isso, “cortar todos os laços entre a Rússia e o sistema financeiro mundial”, explicou o ministro da Economia francês, Bruno Le Maire, antes de uma reunião com seus colegas europeus em Paris sobre esta crise.

A União Europeia (UE) e o Reino Unido foram os primeiros a anunciar o bloqueio dos bens de Putin e Lavrov, medida que foi depois copiada pelos Estados Unidos. Uma proibição para entrar em território americano estará entre as sanções, acrescentou a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.

Todos os membros da Duma, câmara baixa do parlamento russo, foram incluídos na lista negra da UE, juntamente com outras 26 personalidades do mundo dos negócios.

O Canadá também irá punir 58 pessoas e entidades russas, incluindo “membros da elite”, “grandes bancos” e “membros do Conselho de Segurança russo”. O Japão anunciou o congelamento de ativos e suspensão de emissão de vistos para pessoas e organizações russas.

A porta-voz da chancelaria russa, Maria Zakharova, disse à TV russa que as sanções contra Putin e Lavrov mostram a “impotência” dos países ocidentais. Ela alertou que as relações da Rússia com o Ocidente estão se aproximando de um “ponto sem retorno”. (AFP)