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Internacional

Rebelião em presídio do Equador deixa 68 mortos

14 de Novembro de 2021 às 00:01
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Foi o segundo massacre na penitenciária desde setembro.
Foi o segundo massacre na penitenciária desde setembro. (Crédito: NICOLA GABIRRETE / AFP (13/11/2021))

Pelo menos 68 detentos morreram em um novo banho de sangue na penitenciária de Guayaquil, sudoeste do Equador, tomada por gangues do narcotráfico que já haviam protagonizado um dos maiores massacres carcerários da história da América Latina, com mais de 100 mortos.

Por várias horas, os detentos entraram em conflito, usando armas e explosivos, apesar do estado de emergência que foi decretado sobre o sistema carcerário do país.

Os novos embates começaram na noite de sexta-feira, quando um dos grupos invadiu um pavilhão para assassinar os integrantes da gangue rival, descreveu Pablo Arosemena, governador da província de Guayas, que tem Guayaquil como capital.

Ontem, a comandante da polícia equatoriana, general Tannya Varela, informou em coletiva de imprensa sobre o trágico desenlace das disputas que afundaram o país em um caos carcerário sem precedentes.
Em um primeiro momento, informou-se que “58 homens privados de liberdade perderam suas vidas”. No entanto, o Ministério Público elevou posteriormente o número de vítimas mortais para 68. Também informou que havia 25 feridos.

Em uma transmissão ao vivo no Facebook, um preso clamou por ajuda. “Há muitos feridos e mortos na parte de baixo, não sabemos quantos”, afirmou o detento, antes de alertar que os agressores estavam atravessando os muros por “buracos” abertos com explosivos. Ontem de manhã, policiais foram flagrados por um fotógrafo da AFP retirando um corpo de cima dos muros do presídio.

Em setembro, outra rebelião causou a morte de 119 detentos. Alguns deles foram decapitados e queimados. (AFP)