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Covid-19

Delta deve ser predominante pelo mundo todo, prevê OMS

Variante está em 104 países e continuará a se espalhar

13 de Julho de 2021 às 00:01
Da Redação com Estadão Conteúdo [email protected]
Tedros Adhanom chamou atenção para a número de casos que voltou a crescer.
Tedros Adhanom chamou atenção para o número de casos que voltou a crescer. (Crédito: ARQUIVO AFP)

A variante Delta da Covid-19 está presente em pelo menos 104 países, disse o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom. A entidade espera que a cepa se torne a predominante pelo mundo em breve. “Se é que já não é”, complementou a líder técnica da resposta à pandemia de Covid-19, Maria Van Kerkhove. As afirmações foram feitas durante coletiva à imprensa da OMS ontem (12).

Na semana passada, foi registrada a quarta semana consecutiva de aumento de casos de Covid-19 pelo mundo, de acordo com a organização. “Após dez semanas de declínio, o número de mortes está subindo de novo”, disse Tedros Adhanom. O diretor reforçou que, em países com baixa cobertura de vacinação, a situação é especialmente delicada. “Delta e outras variantes estão liderando ondas catastróficas de casos de Covid-19, que estão sendo traduzidos em um número alto de hospitalizações e morte.”

Adhanom pontuou que, no final de semana, ministros das Finanças do G-20 -- grupo composto pelas 20 principais economias do mundo -- reconheceram a importância de fundos para o Acelerador do Acesso a Ferramentas contra a Covid-19, que tem a Covax como seu pilar. “Espero que essa posição se traduza rapidamente no preenchimento dos US$ 16 bilhões de recursos faltantes”, disse o diretor, “O G-20 pode assumir a responsabilidade e até mesmo convidar outros países para a iniciativa”.

A OMS ainda divulgou dois novos locais de produção da vacina da Astrazeneca, a partir da Lista de Uso de Emergência da entidade. “Assim como na Europa, Índia e Coreia do Sul, tenho o prazer de anunciar Japão e Austrália como novos locais de fabricação da vacina.”

A coordenadora de imunização da entidade, Ann Lindstrand, enfatizou que é “mais importante” vacinar pessoas por todo o globo do que fornecer mais uma dose a pessoas já vacinadas. “É importante que os países que pensam em uma terceira dose reflitam sobre a situação global.”

Rio Grande do Sul

O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) do Rio Grande do Sul anunciou ontem (12), que vai enviar à Fiocruz, no Rio, amostras de dois prováveis casos identificados no Estado da variante Delta do novo coronavírus. É a primeira vez que casos suspeitos dessa linhagem do vírus, identificada originalmente na Índia, são observados no Rio Grande do Sul, afirma comunicado da Secretaria da Saúde do Estado.

De secreção de naso-faringe, as amostras já passaram por testes preliminares no Laboratório Central do Estado (Lacen/RS) e no Centro de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CDCT). Mas eles não são considerados conclusivos.

Os casos suspeitos, de acordo com a Secretaria, referem-se a um morador de Gramado e outro de Santana do Livramento. Além desses dois casos de prováveis Delta, três possíveis casos da variante Alfa, identificada originalmente no Reino Unido, foram identificados e estão em investigação para confirmação. (Da Redação com Estadão Conteúdo)