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Internacional

Parlamento da Suécia aprova moção de censura e derruba governo Lofven

Lofven na semana passada perdeu o apoio do Partido de Esquerda do país, necessário para sua coalizão governar

21 de Junho de 2021 às 16:00
Estadão Conteúdo [email protected]
Stefan Löfven era Primeiro-ministro da Suécia
Stefan Löfven, Primeiro-ministro da Suécia (Crédito: Reprodução/redes sociais/Lofven)

O governo sueco desmoronou nesta segunda-feira (21) depois que o primeiro-ministro Stefan Lofven perdeu uma moção de censura, deixando-o com a escolha de renunciar ou convocar eleições antecipadas. Lofven na semana passada perdeu o apoio do Partido de Esquerda do país, necessário para sua coalizão governar, por conta de propostas para descartar o controle de alugueis em novas construções.

Os projetos permitiriam que proprietários de moradias recém-construídas cobrassem taxas de mercado dos inquilinos, provocando a ira do Partido de Esquerda, que deseja manter o atual sistema de aluguéis estabelecido por acordos coletivos de trabalho entre associações de inquilinos e proprietários.

O governo da minoria de centro-esquerda de Lofven foi formado no início de 2019, depois de quatro meses de impasse político após uma eleição de 2018 que não produziu um vencedor claro. As eleições gerais programadas para setembro do próximo ano ocorrerão conforme planejado de qualquer maneira.

O recuo recente da coroa sueca ante o dólar não parece ter ocorrido por influência da condição política do país. "A Noruega não tem uma crise governamental, mas tem um banco central que indica claramente aumentos rápidos nas taxas de juros - apesar disso, a coroa sueca se fortaleceu nos últimos dias contra o para norueguês, o que por sua vez é um sinal de que negociamos moedas com base em fatores internacionais e não Escandinavos", analisa a SEB.

Foi a primeira vez que um governo sueco perdeu um voto de confiança no Parlamento, observa o Nordea. "As perspectivas para o orçamento do governo e a dívida pública não mudarão de maneira crucial, sejam quais forem as cores do governo", avalia o banco, que conclui que "as finanças públicas estão sólidas e a maioria dos partidos apoia a política de prudência fiscal."