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Economia

FMI propõe plano de US$ 50 bilhões para vencer pandemia da Covid-19

23 de Maio de 2021 às 00:01
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Kristalina Georgieva falou na Cúpula Mundial da Saúde.
Kristalina Georgieva falou na Cúpula Mundial da Saúde. (Crédito: LUDOVIC MARIN / AFP (18/5/2021))

O Fundo Monetário Internacional (FMI) propôs, na sexta-feira, um plano para acabar com a pandemia da Covid-19, com um financiamento estimado em US$ 50 bilhões e o objetivo de vacinar ao menos 40% da população mundial até o fim do ano.

“Nossa proposta estabelece objetivos, avalia as necessidades de financiamento e define ações pragmáticas”, anunciou a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, na Cúpula Mundial da Saúde realizada em Roma, no âmbito do G20.

O plano pretende que pelo menos 60% da população mundial seja vacinada até o final de 2022 para permitir uma recuperação econômica global sustentável.

A proposta do FMI custaria cerca de US$ 50 bilhões em uma combinação de subsídios (pelo menos 35 bilhões), recursos dos governos e de outros fundos, segundo o organismo multilateral.

O montante parece, no entanto, muito modesto em comparação com os maciços planos de estímulo implementados pelos países ricos, incluindo o último nos Estados Unidos -- US$ 1,9 trilhão -- aprovado no final de março.

Também é “baixo” se considerado os benefícios potenciais de um fim antecipado da pandemia, que seria de “cerca de US$ 9 trilhões” para a economia mundial em 2025, estimaram os economistas do FMI, Gita Gopinath e Ruchir Agarwal, em uma teleconferência com jornalistas.

“Uma das principais mensagens da nossa proposta é que a quantia necessária não é muito alta”, enfatizou Gopinath, uma vez que já foram feitos investimentos custosos para desenvolver vacinas eficazes.

O FMI admite que são os países ricos os mais chamados a contribuir para o plano de US$ 50 bilhões.

Mas, de acordo com Georgieva, também são os países ricos que “provavelmente veriam o melhor retorno sobre o investimento público na história moderna, captando 40% do aumento do PIB e cerca de um trilhão de dólares em receita tributária adicional”. (AFP)