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Conflito

Após 11 dias, Hamas e Israel acertam trégua com um cessar-fogo

Israel e Hamas, no entanto, têm um histórico de ignorar tréguas acertadas no passado. Por isso, muitos analistas preferem esperar para ver se o conflito realmente termina

20 de Maio de 2021 às 22:34
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Onda de violência causou dezenas de morte.
Onda de violência causou dezenas de morte. (Crédito: AHMAD GHARABLI / AFP)

Após intensa pressão internacional, israelenses e palestinos concordaram nesta quinta-feira (20), com um cessar-fogo para acabar com o conflito de 11 dias que deixou mais de 240 mortos. O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, disse que a trégua proposta pelo Egito é “mútua e incondicional”. Um funcionário do Hamas afirmou que o acordo será “simultâneo”.

Israel e Hamas, no entanto, têm um histórico de ignorar tréguas acertadas no passado. Por isso, muitos analistas preferem esperar para ver se o conflito realmente termina. O cessar-fogo começaria às 2 horas de hoje (21 horas da noite de ontem, em Brasília). A pausa na violência veio um dia depois que o presidente dos EUA, Joe Biden, que vinha evitando pressionar abertamente Israel, disse a Netanyahu que esperava “uma redução significativa” da tensão.

Nesta quinta-feira (20), em breve pronunciamento na Casa Branca, Biden comemorou o cessar-fogo. Ele prometeu ampliar a ajuda humanitária à Faixa de Gaza e manter a assistência militar a Israel. “Creio que temos uma oportunidade genuína para avançar rumo ao fim desse conflito”, disse o presidente americano, que agradeceu a mediação do Egito.

No entanto, mesmo após o anúncio e antes do prazo para o início da trégua, os dois lados continuaram a troca de fogo. Sirenes alertaram para a chegada de foguetes do Hamas em comunidades israelenses na fronteira e repórteres relataram novos ataques aéreos em Gaza. Nos bastidores, porém, os dois lados pareciam preparados para desviar as atenções do campo militar e começar uma nova disputa, desta vez para construir uma narrativa vitoriosa.

Fontes militares de Israel, de forma anônima, foram citadas na imprensa local dizendo que o Exército estava satisfeito com os danos infligidos ao enclave, principalmente com a destruição da rede de túneis usada para atacar o país. Ao mesmo tempo, os militantes palestinos garantiram que a batalha havia atingido seus objetivos. (Da Redação com Estadão Conteúdo)