Conflito
Cresce tensão entre Israel e Palestina
A onda de violência que começou na semana passada em Jerusalém deixou ontem palestinos e israelenses mais perto de uma nova guerra na Faixa de Gaza. Os conflitos se intensificaram, com mais de 30 mortos, centenas de feridos e a população, de ambos os lados, aterrorizada. Israel convocou oito batalhões de reservistas e posicionou baterias de artilharia em vilas na fronteira. Maior metrópole do país, Tel-Aviv foi atingida.
O Hamas, que governa a Faixa de Gaza, e militantes da Jihad Islâmica lançaram mais de 500 foguetes contra Israel. Um terço deles, segundo o jornal Haaretz, nem sequer cruzou a fronteira, caindo no próprio território palestino. Cerca de 90% dos foguetes foram interceptados pelo sistema antimíssil Domo de Ferro. O equipamento, no entanto, deixou a cidade de Ashkelon desprotegida por algumas horas -- o suficiente para um foguete destruir uma casa e matar duas mulheres.
Em Holon, subúrbio no sul de Tel-Aviv, um vídeo gravado com celular registrou o momento em que um disparo atingiu um ônibus vazio. Ao longo do dia, israelenses tiveram de se esconder em abrigos assim que as sirenes soavam. Escolas foram fechadas em várias partes do País. No início da noite, os disparos de Gaza foram retomados e um dos foguetes fez uma terceira vítima nos subúrbios de Tel-Aviv. O Aeroporto Internacional Ben Gurion foi fechado por algumas horas.
A resposta de Israel foi dura, desencadeando o mais intenso bombardeio da Força Aérea desde 2014. O Exército garantiu ter destruído mais de 500 alvos. Autoridades palestinas disseram que as bombas mataram 32 pessoas, incluindo 10 crianças. Em Gaza, uma torre de 13 andares foi atingida e desabou. O edifício abrigava um escritório do Hamas. (Estadão Conteúdo)