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Transição estrutural

Correios aprovam plano de reestruturação

21 de Novembro de 2025 às 23:30
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Estatal pretende obter financiamento de R$ 20 bilhões
Estatal pretende obter financiamento de R$ 20 bilhões (Crédito: JOÉDSON ALVES / ARQUIVO AGÊNCIA BRASIL )

Os Correios informaram que as instâncias de governança da estatal aprovaram, na quarta-feira (19), o plano de reestruturação da empresa, com medidas que objetivam o equilíbrio financeiro nos próximos 12 meses, assegurando a liquidez da empresa ao longo de 2026.

Com a execução do plano, os Correios estimam reduzir o déficit em 2026 e alcançar lucratividade em 2027. A estatal registrou prejuízo de R$ 4,37 bilhões nos dois primeiros trimestres de 2025, que se somam a resultados negativos que ocorreram desde 2022, mas que foram agravados na administração atual.

O plano foi elaborado sob a gestão do novo presidente, Emmanoel Schmidt Rondon, que assumiu o cargo em setembro de 2025, sucedendo a Fabiano Silva dos Santos.

O planejamento inclui a conclusão, até o fim de novembro, da operação de crédito com aporte de até R$ 20 bilhões, considerada pela estatal como “recurso indispensável para a transição estrutural projetada para a empresa”. O empréstimo — a ser obtido com bancos públicos e privados, com garantia do Tesouro Nacional — é condicionado a medidas para sanear a gestão da estatal.

Também estão previstas vendas de imóveis — com potencial de receita de R$ 1,5 bilhão —, melhoria da rede de atendimento, com redução de até mil pontos deficitários, expansão do portfólio para e-commerce e ações de modernização do modelo operacional e da infraestrutura tecnológica.

No que se refere às despesas com servidores, está previsto um Programa de Demissão Voluntária (PDV) e a remodelagem dos custos com plano de saúde. Os Correios sinalizam ainda, sem mais detalhes, a possibilidade de operações de fusões, aquisições e outras reorganizações societárias para fortalecer a competitividade da estatal no médio e longo prazo.

No comunicado sobre a aprovação do plano, a empresa sustentou que a queda das receitas tradicionais no Brasil é um cenário que ocorre em todo o mundo. (Estadão Conteúdo)