Buscar no Cruzeiro

Buscar

Além do esperado

Atividade econômica recua 0,9% no terceiro trimestre

Índice do Banco Central apresentou redução de 0,2% em setembro

17 de Novembro de 2025 às 22:20
Cruzeiro do Sul [email protected]
IBC-Br emprega metodologia diferente da que é utilizada pelo IBGE
IBC-Br emprega metodologia diferente da que é utilizada pelo IBGE (Crédito: JOSÉ PAULO LACERDA / CNI )

A atividade econômica brasileira apresentou queda no mês de setembro deste ano, de acordo com informações divulgadas ontem (17) pelo Banco Central (BC). O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) diminuiu 0,2% em relação ao mês anterior, considerando os dados dessazonalizados (ajustados para o período). No terceiro trimestre, de julho a setembro, a redução chegou a 0,9%.

A queda de setembro foi maior que a esperada pelo mercado financeiro conforme o Projeções Broadcast. A mediana das estimativas era de retração de 0,10%, com intervalo entre baixa de 0,50% e alta de 0,30%.

Na comparação com setembro de 2024, houve variação positiva de 4,9%, sem ajuste para o período, já que a comparação é entre meses iguais. No acumulado do ano, o indicador ficou positivo em 14,2% e, em 12 meses, registrou alta de 13,5%.

O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica do País e ajuda o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, definida atualmente em 15% ao ano. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade de setores da economia — indústria, comércio e serviços e agropecuária —, além do volume de impostos. A Selic é o principal instrumento do BC para alcançar a meta de inflação.

IBGE

Divulgado mensalmente, o IBC-Br emprega metodologia diferente da utilizada para medir o Produto Interno Bruto (PIB), que é o indicador oficial da economia brasileira divulgado pelo IBGE. Segundo o BC, o índice “contribui para a elaboração de estratégia da política monetária” do País, mas “não é exatamente uma prévia do PIB.”

O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos. Puxada pelas expansões dos serviços e da indústria, no segundo trimestre deste ano, a economia brasileira cresceu 0,4%.

Em 2024, o PIB fechou com alta de 3,4%. O resultado representa o quarto ano seguido de crescimento, sendo a maior expansão desde 2021, quando o PIB alcançou 4,8%. (Agência Brasil e Estadão Conteúdo)