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Economia

Índice Ceagesp cai 1% em outubro

Marcador de preços de alimentos frescos reflete o cenário hortifrutigranjeiro

11 de Novembro de 2025 às 10:33
Da Redação [email protected]
Duas variedades de pimentão apresentaram queda significativa nos preços; setor de legumes foi o que ficou mais barato
Duas variedades de pimentão apresentaram queda significativa nos preços; setor de legumes foi o que ficou mais barato (Crédito: Daniel Gouveia)

 

O índice de preços Ceagesp caiu -1,00% no mês de outubro, sequenciando a alta de +4,06% no mês anterior. O resultado refletiu um cenário marcado pela transição climática e mercadológica, marcado pelo retorno gradual das chuvas nas principais regiões produtoras do Centro-Sul.

Segundo o Entreposto Terminal São Paulo (ETSP), calor e chuva foram os principais fatores climáticos indutores na alta do volume de oferta de determinados produtos: o destaque ficou com o setor de legumes, que registrou a maior redução de preço (-11,57%) entre todos os analisados.

Frutas

Em outubro, a queda de -0,49% ocorreu ante uma alta de +9,67% no mês anterior. Dos 48 itens cotados, 42% apresentaram queda de preço, e as principais quedas ocorreram nos preços de mamão papaia (-28,15%), acerola (-26,82%), maracujá azedo (-24,14%), graviola (-18,80%) e manga Tommy (-17,86%). As chuvas irregulares e o calor intenso nas principais regiões produtoras do Nordeste aceleraram a maturação dos produtos, favorecendo o aumento no volume de oferta. O ETSP ainda destaca que, além da oferta elevada, a manga Tommy Atkins apresentou boa qualidade (frutos maiores).

Já as principais altas ocorreram nos preços de carambola (+49,85%), maracujá doce (+30,15%), laranja lima (+17,88%), limão siciliano (+17,20%) e uva benitaka (+16,58%).
A chegada de dias mais quentes na primavera estimula o consumo de sucos e frutas in natura, o que amplia a demanda por laranjas doces. Com a variedade ficando mais escassa, a demanda migra para as variedades disponíveis, como a laranja lima. Ficando a demanda mais aquecida pelo calor e a migração do consumo, nem mesmo o aumento no volume de oferta da laranja lima (+8,3%) foi suficiente para conter a elevação de preços.

Legumes

Houve uma diminuição nos preços de -11,57% em outubro, que seguiu o índice de -11,22% no mês de setembro. Dos 32 itens cotados nesta cesta de produtos, 72% apresentaram queda de preço, o que inclui o pimentão amarelo (-43,78%), pimenta cambuci (-42,41%), berinjela (-39,20%), abobrinha italiana (-35,36%) e pimentão vermelho (-33,88%). A oferta acabou sendo beneficiada pelo calor e pelo retorno gradual das chuvas nas principais regiões produtoras de São Paulo e do sul de Minas.

O inhame (+24,60%), quiabo (+21,94%), batata-doce rosada (+21,26%), abóbora-seca (+16,52%) e tomate carmem (+9,68%) apresentaram alta de valores. Foi a chegada da chuva que causou o aumento nos preços desses alimentos.

Verduras

As verduras subiram +2,08% depois da diminuição de -7,86% no mês anterior. Dos 39 itens cotados nesta cesta de produtos, 49% apresentaram alta.

As principais ocorreram nos preços de rúcula hidropônica (+31,88%), acelga (+28,39%), nabo (+24,30%), rabanete (+18,23%) e couve manteiga (+16,98%). As verduras (hortaliças folhosas) são extremamente frágeis perante as condições climáticas, e o calor, chuva e ventos fortes ocorridos no período prejudicaram a qualidade das hortaliças folhosas, o que acabou pressionando as cotações.

Mas também ocorreram quedas nos valores de verduras, como o almeirão (-11,51%), coentro (10,47%), manjericão (-7,40%), alface crespa (-6,54%) e salsão verde/branca (-5,37%).

Diversos

O preço deste tipo de produto subiu +1,17% ante uma queda de -4,52% no mês anterior. Dos 11 itens cotados nesta cesta de produtos, 45% apresentaram alta de preço.

As principais altas ocorreram nos preços de batata lavada (+26,59%), cebola nacional (+18,17%), batata escovada (+2,84%), ovos brancos (+2,00%) e ovos vermelhos (+0,53%); e as quedas são referentes ao coco seco (-10,35%), alho nacional (-10,10%), amendoim sem pele (-9,12%), batata Asterix (-9,03%) e amendoim com pele (-6,00%).

Pescados

Houve uma alta de +5,70% em outubro, que se soma ao +0,55% do mês anterior. Dos 28 itens cotados nesta cesta de produtos, 50% apresentaram alta de preço.

As principais altas ocorreram nos preços de atum (+22,77%), cavalinha (+20,04%), robalo (+13,57%), abrótea (+11,61%) e tainha (+9,65%). O crescimento significativo foi impulsionado por um cenário de mercado dividido: de um lado, uma forte contração na oferta de peixes nobres e, do outro, um aumento de demanda que pressionou os preços de espécies mesmo com maior volume de entrada.

As principais quedas ocorreram nos preços de espada (-16,00%), sardinha lage (-13,50%), curimba (-9,37%), corvina àgua salgada (-6,38%) e cação azul (-3,30%).