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Terras raras

Tarifa anunciada por Trump retoma guerra comercial

11 de Outubro de 2025 às 21:08
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Decisão foi resposta ao controle de terras raras pela China
Decisão foi resposta ao controle de terras raras pela China (Crédito: JUSTIN SULLIVAN / GETTY IMAGES AFP)

A tarifa adicional de 100% sobre as importações chinesas anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na sexta-feira (10), retoma a guerra comercial entre os dois países, impulsionada pela questão das terras raras.

O presidente dos Estados Unidos também impôs controles à exportação de todo software de importância estratégica com destino à China. Trump informou que as duas medidas entrarão em vigor em 1º de novembro, como resposta ao que classificou como práticas comerciais “extraordinariamente agressivas” por parte de Pequim.

“A China adotou uma posição extraordinariamente agressiva sobre o comércio, com o envio de uma carta extremamente hostil ao mundo, declarando que, a partir de 1º de novembro de 2025, imporia controles de exportação em larga escala sobre praticamente todos os produtos que fabrica _ e até mesmo alguns que nem sequer fabrica”, afirmou Trump na Truth Social. A escalada entre as duas principais economias do mundo agitou Wall Street: o Nasdaq perdeu 3,56% e o S&P 500, 2,71%.

Esse aumento de 100 pontos percentuais se somará à média de 30% de impostos alfandegários pagos atualmente pelos produtos chineses.

Em uma longa publicação em sua rede Truth Social, Trump criticou duramente a imposição, por parte da China, de controles à exportação de terras raras e produtos fabricados com esses minerais a todos os países do mundo.

Esses minerais são fundamentais para a fabricação de diversos tipos de produtos, desde smartphones e veículos elétricos até equipamentos militares e componentes de energias renováveis.

“De forma alguma deve-se permitir que a China mantenha o mundo ‘refém’, mas esse parece ter sido seu plano já há bastante tempo”, escreveu o republicano.

A China também anunciou na sexta-feira que aplicará “tarifas portuárias especiais” a navios operados ou construídos pelos Estados Unidos, uma medida que Washington aplica desde abril a embarcações vinculadas à China. (AFP)