Inflação
IPCA-15 acelera em setembro e fica em 0,48%
Fim do bônus Itaipu elevou o valor da conta de luz
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) subiu 0,48% em setembro, após ter recuado 0,14% em agosto, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A prévia da inflação teve impacto principalmente do preço da energia elétrica. A alta da conta de luz é explicada pela “devolução” do Bônus Itaipu, desconto na conta de agosto que beneficiou 80,8 milhões de consumidores. Em setembro, sem o bônus, a fatura ficou mais alta na comparação com o mês anterior. Além do fim do bônus, a conta de luz sofre influência da vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2, que adiciona R$ 7,87 na conta de luz a cada 100 quilowatts-hora (Kwh) consumidos.
Com o resultado, o IPCA-15 registrou um aumento de 3,76% no acumulado do ano. Em 12 meses, a alta foi de 5,32%, ante taxa de 4,95% até agosto.
A alta do grupo habitação, de 3,31%, respondeu por 0,5 pontos percentuais do IPCA-15 de setembro. A energia elétrica residencial, que faz parte do grupamento, foi o maior impacto individual dos 377 produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, subindo 12,17%, após a queda de 4,93% em agosto. O impacto só desse subitem ficou em 0,47 p.p.
Os preços de transportes caíram 0,25% em setembro, após queda de 0,47% em agosto. O grupo deu uma contribuição negativa de 0,05 ponto porcentual para o IPCA-15, que subiu 0,48% no mês.
Os preços de combustíveis tiveram queda de 0,10% em setembro, após recuo de 1,18% no mês anterior. A gasolina caiu 0,13%, após ter registrado queda de 1,14% em agosto, enquanto o etanol avançou 0,15% nesta leitura, após queda de 1,98% na última.
Alimentação
Os preços de alimentação e bebidas caíram 0,35% em setembro, após queda de 0,53% em agosto. O grupo deu uma contribuição negativa de 0,08 ponto porcentual para o IPCA-15, que subiu 0,48% no mês.
Entre os componentes do grupo, a alimentação no domicílio teve queda de 0,63% em setembro, após ter recuado 1,02% no mês anterior. As maiores contribuições para redução na alimentação no domicílio foram das quedas do tomate (-17,49%), cebola (-8,65%), arroz (-2,91%) e café moído (-1,81%). No sentido inverso, as frutas subiram 1,03%, em média. A alimentação fora do domicílio subiu 0,36%, ante alta de 0,71% em agosto. (Da Redação, com informações de Estadão Conteúdo e Agência Brasil)