Mercado de trabalho
Desemprego cai para 5,6%, menor taxa desde 2012
Renda média do trabalhador foi de R$ 3,484 no trimestre encerrado em julho
A taxa de desocupação de 5,6% registrada no trimestre terminado em julho foi o menor resultado em toda a série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No trimestre terminado em junho, a taxa estava em 5,8%. No trimestre encerrado em julho de 2024, a taxa foi de 6,8%.
A renda média real do trabalhador foi de R$ 3.484 no trimestre encerrado em julho, de acordo com o IBGE. O resultado representa alta de 3,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 352,3 bilhões no trimestre até julho, alta de 6,4% ante igual período do ano anterior.
Apenas duas das dez atividades econômicas registraram demissões no trimestre encerrado em julho. Na passagem do trimestre terminado em abril para o trimestre encerrado em julho, houve redução na ocupação em alojamento e alimentação (-95 mil trabalhadores) e serviços domésticos (-55 mil). O total de trabalhadores na construção ficou estável.
Houve geração de postos de trabalho em administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (522 mil), indústria (67 mil), transporte (60 mil), outros serviços (102 mil), agricultura (206 mil trabalhadores), comércio (88 mil) e informação, comunicação e atividades financeiras, profissionais e administrativas (260 mil).
O número de empregados no setor privado subiu a um ápice de 52,583 milhões de pessoas no trimestre encerrado em julho. O total de pessoas com carteira assinada no setor privado avançou a um recorde de 39,113 milhões de trabalhadores. O número de empregados sem carteira assinada no setor privado totalizou 13,470 milhões.
O número de trabalhadores por conta própria subiu a um recorde de 25,938 milhões e o montante trabalhando no setor público também cresceu a um ápice de 12,884 milhões de pessoas.
Bom momento
De acordo com William Kratochwill, analista da pesquisa, o resultado do trimestre sustenta o bom momento do mercado de trabalho. “O mercado se mostra aquecido, resiliente, com características de um mercado em expansão. O estoque de pessoas fora da força de trabalho vem diminuindo.” Ele ressaltou que o crescimento da parcela informal não teve significância estatística. (Estadão Conteúdo e Agência Brasil)