O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou queda de 0,14% em agosto, após ter subido 0,33% em julho, informou ontem (26) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado anunciado, o IPCA-15 acumulou um aumento de 3,26% no ano. A taxa em 12 meses ficou em 4,95%, de acordo com o IBGE.

O gasto das famílias brasileiras com alimentação e bebidas recuou em agosto pelo terceiro mês consecutivo, ao sair de uma redução de 0,06% em julho para um recuo de 0,53% em agosto. Esse resultado gerou uma contribuição de -0,12 ponto porcentual para o IPCA-15 do mês.

A alimentação no domicílio diminuiu 1,02% em agosto. Ficaram mais baratos a manga (-20,99%), batata inglesa (-18,77%), cebola (-13,83%), tomate (-7,71%), arroz (-3,12%) e carnes (-0,94%).

O gasto com habitação passou de uma elevação de 0,98% em julho para um recuo de 1,13% em agosto, uma contribuição de -0,17 ponto porcentual para IPCA-15 deste mês.

A energia elétrica residencial caiu 4,93% em agosto, item de maior impacto individual negativo sobre o IPCA-15 do mês, uma contribuição de -0,20 ponto porcentual. O resultado é consequência da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas deste mês, explicou o IBGE. Em agosto, permaneceu em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 2.

As quedas nos preços da gasolina, automóvel novo e passagens aéreas ajudaram juntas a deter a inflação de agosto em -0,12 ponto porcentual.

Os combustíveis recuaram 1,18%. Além da gasolina, houve quedas nos preços do óleo diesel (-0,20%), etanol (-1,98%) e gás veicular (-0,25%).

As passagens aéreas diminuíram 2,59% em agosto, impacto de -0,02 ponto porcentual, e o preço do automóvel novo encolheu 1,32%, contribuição de -0,04 ponto porcentual. (Estadão Conteúdo)