Dados do IBGE
Queda em SP tem impacto negativo na indústria nacional
Produção industrial paulista acumula perda de 2,5% em dois meses
A queda de 0,8% na produção da indústria de São Paulo, em maio ante abril, exerceu a maior influência negativa sobre a média global da indústria nacional no período. A produção industrial paulista acumulou uma perda de 2,5% em dois meses seguidos de recuos. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal divulgada pelo IBGE. Pela média global, a indústria nacional encolheu 0,5% nesse período.
“Na comparação com abril, com ajuste sazonal, a produção industrial paulista atinge sua segunda taxa negativa consecutiva, acumulando perda de 2,5% no período, e, com esse resultado, encontra-se 0,6% abaixo do seu patamar pré-pandemia, estabelecido em fevereiro de 2020. Além disso, o setor extrativo também contribuiu para esse comportamento negativo em maio. Já nas comparações interanuais, frente a maio de 2024 e no acumulado no ano, o setor farmacêutico é o que mais influencia negativamente”, apontou Bernardo Almeida, técnico da pesquisa do IBGE, em nota oficial.
A produção industrial recuou em 9 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE em maio ante abril. Além de São Paulo, as perdas ocorreram em Mato Grosso (-7,0%), Bahia (-3,7%), Amazonas (-3,3%), Minas Gerais (-1,9%), Região Nordeste (-1,3%), Goiás (-1,1%), Pernambuco (-0,6%) e Santa Catarina (-0,2%).
Na direção oposta, houve altas no Espírito Santo (16,2%) Ceará (3,5%), Rio de Janeiro (2,0%), Paraná (1,3%), Pará (0,9%) e Rio Grande do Sul (0,2%).
Na comparação de maio de 2025 ante maio de 2024 a produção industrial cresceu em 11 dos 18 locais pesquisados. Houve aumentos no Rio Grande do Sul (29,1%), Espírito Santo (23,9%), Paraná (8,9%), Pará (8,3%), Rio de Janeiro (7,1%), Minas Gerais (4,7%), Ceará (4,3%), Santa Catarina (3,7%), Amazonas (1,9%), Goiás (1,3%) e Mato Grosso do Sul (0,9%).
Na direção oposta, foram registradas perdas no Rio Grande do Norte (-16,2%), Mato Grosso (-11,5%), Bahia (-7,3%), Pernambuco (-4,5%), Região Nordeste (-3,7%), São Paulo (-1,3%) e Maranhão (-1,3%). (Estadão Conteúdo)