Segurança
Brics faz cúpula com cautela frente a Trump

Sem o presidente chinês, Xi Jinping, e seu contraparte russo, Vladimir Putin, o Brics buscará impor seu peso durante a cúpula de amanhã (6) e segunda-feira (7), no Rio de Janeiro, em um mundo conturbado pelas políticas de Donald Trump, mas a cautela deve prevalecer para não prejudicar as relações com os Estados Unidos.
Com forte presença das forças armadas, a capital fluminense sediará a reunião anual do grupo de 11 países — que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e juntos representam quase metade da população do planeta e cerca de 40% do PIB mundial.
Putin não vai comparecer pois é alvo de um mandado de prisão internacional por supostos crimes de guerra na Ucrânia. O primeiro-ministro Li Qiang substituirá Xi, enquanto Putin poderá participar de modo virtual.
A reunião será marcada pelas tensões tarifárias, outra frente na qual Trump desafia a diplomacia dos países emergentes. Na quinta-feira (3), o presidente americano disse que pretende enviar cartas aos parceiros comerciais dos Estados Unidos, informando-os sobre a proximidade da imposição de tarifas alfandegárias para dezenas de países.
A busca de uma alternativa ao dólar para o comércio entre os membros do grupo voltou a ser defendida ontem por Luiz Inácio Lula da Silva. (AFP)