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Negociação

China confirma avanço em acordo com Estados Unidos

Potencias mundiais definiram termos após ampla negociação comercial

28 de Junho de 2025 às 20:37
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Países garantiram trégua na chamada guerra das tarifas
Países garantiram trégua na chamada guerra das tarifas (Crédito: MARIO TAMA / GETTY IMAGES / AFP (26/6/2025))

A China confirmou, na sexta-feira (27), os termos de negociação comercial com o governo Trump, que inclui um acordo para que Pequim acelere as exportações de minerais essenciais para os Estados Unidos e para que Washington suspenda os recentes controles de exportação sobre a China.

“A China analisará e aprovará os pedidos de exportação de itens controlados”, disse o Ministério do Comércio da China, em um comunicado. “E os Estados Unidos cancelarão de forma correspondente uma série de medidas restritivas que tomaram contra a China.”

Uma das principais prioridades de Washington nas negociações com Pequim era garantir o fornecimento de terras raras, metais cruciais para a produção de baterias elétricas, turbinas eólicas e sistemas de defesa.

A manifestação do governo chinês foi feita um dia depois de o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, ter afirmado à Bloomberg News que os Estados Unidos “derrubariam” seus controles de exportação assim que a China começasse a entregar minerais de terras raras.

Os negociadores comerciais chineses e americanos mantiveram uma comunicação próxima após se reunirem em Londres em 9 e 10 de junho. As duas partes já haviam se encontrado em Genebra em maio.

As reuniões foram realizadas para estabilizar os laços entre as duas superpotências e para pedir uma trégua em uma guerra comercial crescente, na qual os dois lados impuseram tarifas altíssimas sobre os produtos um do outro.

Ainda não se sabe se a suspensão dos controles de exportação de ambos os lados facilitará o caminho para negociações comerciais mais amplas sobre questões fundamentais que frustram o governo Trump, como fazer com que a China compre significativamente mais produtos americanos e conseguir que mais empresas dos EUA tenham acesso à economia chinesa.

Embora a China tenha afirmado que não recuará em uma guerra comercial com os EUA, os analistas disseram que é do interesse de Pequim chegar a um acordo mais amplo. A economia chinesa continua lenta devido a uma crise imobiliária e a uma queda na confiança do consumidor.

Wall Street reagiu com otimismo ao anúncio, na sexta-feira, com o índice americano S&P marcando um recorde após as quedas de abril, assim como Nasdaq.

Na quinta-feira, a Casa Branca também indicou que Washington poderia adiar o prazo de julho para a entrada em vigor de tarifas mais elevadas sobre as importações de dezenas de países.

Trump impôs uma tarifa de 10% à maioria dos aliados comerciais dos EUA. Mas também anunciou tarifas mais elevadas para dezenas de economias enquanto negociava um acordo, embora tenha suspendido a decisão posteriormente. O prazo termina em 9 de julho. “Talvez possa ser prorrogado, mas esta é uma decisão que corresponde ao presidente”, disse a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt. (Estadão Conteúdo e AFP)