Devolução
Ressarcimento por fraudes no INSS deve somar R$ 2,12 bi
Valor total é menor do que a direção do instituto calculava antes

Os valores do ressarcimento referente as fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) devem somar R$ 2,12 bilhões, em valores corrigidos, informou ontem (13) o presidente do órgão, Gilberto Waller, em conversa com a imprensa em São Paulo. Segundo ele, esse valor se refere às 3,10 milhões de contestações por parte dos aposentados que já foram recebidas pelo INSS.
“Se todas essas contestações forem mesmo irregulares, porque a gente ainda não tem a resposta do nosso cidadão, então o prejuízo ou o dano seria de R$ 1,8 bilhão sem correção. Corrigido os valores, R$ 2,12 bilhões, mais ou menos”, detalhou ele.
O presidente do INSS destacou ainda que esse valor pode mudar, a depender de futuras contestações por parte das instituições envolvidas. “Isso pode impactar para cima, pode manter o R$ 1,8 bi, ou pode reduzir significativamente esse valor”, destacou.
Weller avaliou que trata-se de um valor “bem importante”, porque é inferior ao que foi ventilado no início das investigações. Pensava-se em prejuízo de R$ 6 ou R$ 7 bilhões, até R$ 9 bilhões Verificamos que a grande parte da fraude são aquelas instituições que foram criadas como fantasma em 2020 e 2021”, disse o presidente do INSS.
Ele não garantiu, porém, um prazo para que esse montante seja efetivamente ressarcido aos aposentados que foram lesados.
A Justiça Federal decretou o bloqueio de R$ 2,8 bilhões em bens e ativos financeiros de associações, empresas e pessoas físicas sob investigação da Operação Sem Desconto por suspeita de fraudes contra aposentados e pensionistas do INSS. A juíza Luciana Raquel Tolentino de Moura, da 7ª Vara Federal do Distrito Federal, autorizou ainda a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos investigados, relativamente ao período entre janeiro de 2019 e março de 2025. (Estadão Conteúdo)