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Inflação oficial desacelera para 0,26% no mês de maio

Foi o menor índice mensal desde janeiro, quando o IPCA ficou em 0,16%

10 de Junho de 2025 às 22:00
Cruzeiro do Sul [email protected]
Preço do tomate caiu 13%, mas energia elétrica teve alta
Preço do tomate caiu 13%, mas energia elétrica teve alta (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO / ARQUIVO JCS (5/9/2022))

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou maio com alta de 0,26%, ante uma elevação de 0,43% em abril, informou ontem (10) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa acumulada pela inflação no ano foi de 2,75%. O IPCA acumulado em 12 meses ficou em 5,32%. A alta de 0,26% em maio foi o resultado mais brando desde janeiro de 2025, quando havia subido 0,16%.

Os gastos das famílias brasileiras com habitação passaram de uma elevação de 0,14% em abril para uma alta de 1,19% em maio. O resultado levou a uma contribuição de 0,18 ponto porcentual para a taxa de 0,26% registrada pelo IPCA em maio.

A energia elétrica residencial aumentou 3,62%, impulsionada pela entrada em vigor da bandeira tarifária amarela no mês de maio, adicionando R$ 1,885 na conta de luz a cada 100 KWh consumidos. O subitem exerceu a maior pressão individual no IPCA do mês, uma contribuição de 0,14 ponto porcentual.

“A energia elétrica teve reajuste tarifário em algumas regiões, alta de PIS/Cofins e a bandeira tarifária amarela”, disse Fernando Gonçalves, gerente do IPCA no IBGE. “Lembrando que mês que vem tem novo impacto sobre a energia elétrica, da bandeira vermelha em vigor agora em junho”, acrescentou.

Ainda na habitação, o gás de botijão aumentou 0,51% em maio, e o gás encanado subiu 0,25%, conforme o IBGE.

O grupo alimentação e bebidas saiu de um avanço de 0,82% em abril para alta de 0,17% em maio, um impacto de 0,04 ponto porcentual sobre o IPCA do último mês. A alimentação no domicílio avançou 0,02% em maio. Houve quedas no tomate (-13,52%), arroz (-4,00%), ovo de galinha (-3,98%) e frutas (-1,67%). Entre as altas, os destaques foram a batata inglesa (10,34%), cebola (10,28%), café moído (4,59%) e carnes (0,97%).

“Batata e cebola tiveram redução de oferta. Tomate teve aumento de oferta, assim como as frutas de uma forma geral”, disse Gonçalves, citando ainda uma melhora na oferta de arroz e de ovo no mercado doméstico. “Tudo isso acaba trazendo esse alívio para o bolso do consumidor.” A alimentação fora do domicílio aumentou 0,58% em maio. O lanche subiu 0,51% e a refeição fora de casa encareceu 0,64%.

Os preços do grupo transportes caíram 0,37% em maio, após queda de 0,38% em abril. O grupo deu uma contribuição negativa de 0,08 ponto porcentual para o IPCA, que subiu 0,26% no mês de maio. Os preços de combustíveis tiveram queda de 0,72% em maio, após recuo de 0,45% no mês anterior.

A gasolina caiu 0,66%, após ter registrado queda de 0,35% em abril, enquanto o etanol recuou 0,91% nesta leitura, após queda de 0,82% na última. (Estadão Conteúdo)