Potência fiscal
Haddad: alternativa ao aumento do IOF pode ser antecipada
Ministro disse que conversou com presidentes do Senado e da Câmara sobre metas fiscais

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que as conversas com os presidentes das duas Casas legislativas durante o fim de semana deixaram a equipe econômica “muito confortável” para chegar a uma solução estrutural visando o cumprimento das metas fiscais tanto de 2025 como dos anos seguintes.
A afirmação foi feita ontem (2), na chegada dele ao ministério, em meio a críticas vindas do mercado sobre a elevação de alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para o crédito de empresas, para operações cambiais e para grandes investidores em previdência privada.
Haddad ressaltou que vem conversando muito com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), tanto para trabalhar possíveis correções no decreto do IOF quanto para encontrar soluções estruturais para o quadro fiscal do País.
“Eles estão com uma agenda muito boa e ampla de resolver problemas estruturais, reformas mais amplas. Mas, mais do que isso, é voltar para aquilo que foi a tônica do primeiro ano e do primeiro dia de governo, onde nós efetivamente conseguimos corrigir distorções no nosso orçamento, fazer a reforma tributária, corrigir aqueles benefícios fiscais injustificáveis que ainda existem”, defendeu o ministro.
Segundo Haddad, Motta e Alcolumbre apresentaram um conjunto de medidas que serão debatidas com os líderes do Congresso e que várias encontram consonância com ações defendidas pela Fazenda. “Os dois apresentaram, formalmente para nós, um conjunto de assuntos sobre os quais eles gostariam de tratar, junto aos líderes. E isso tem uma sintonia muito grande com aquilo que a Fazenda já tem no seu menu de possibilidades.”
Haddad lembrou que o governo, desde sempre, defendeu a correção de “benefícios fiscais injustificados que ainda existem”. Essas isenções e benefícios fiscais a determinados setores somarão, segundo projeções da Receita Federal, R$ 800 bilhões em gastos tributários.
O ministro disse que a estratégia do governo federal é mostrar isso “de forma muito transparente”, colocando todas as informações disponíveis na internet. (Agência Brasil e Estadão Conteúdo)