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Corte de apelações dos EUA mantém as tarifas de Trump

Na quarta-feira, decisão havia considerado as taxas ilegais

29 de Maio de 2025 às 21:30
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Governo Trump acionou instância superior e conseguiu reverter
Governo Trump acionou instância superior e conseguiu reverter (Crédito: JIM WATSON / AFP (29/5/2025))

Uma corte de apelações dos Estados Unidos manteve temporariamente, nesta quinta-feira (29), as tarifas alfandegárias impostas pelo presidente Donald Trump até que se pronuncie a fundo sobre o caso, menos de 24 horas depois de outro tribunal ter bloqueado as taxações.

Desde que voltou ao poder, em janeiro, Trump transformou os laços comerciais de seu país com o mundo, lançando mão da imposição de tarifas como tática de negociação.

Em abril, o presidente americano anunciou um “tarifaço” para quase todos os seus parceiros comerciais, com um mínimo generalizado de 10%, além de taxas mais elevadas para dezenas de outros países, inclusive a China e os da União Europeia, que foram suspensas desde então.

O Tribunal de Comércio Internacional, composto por três juízes, decidiu na quarta-feira (28) que Trump se excedeu em suas funções, proibindo, então, a cobrança da maioria das tarifas que ele havia anunciado.

A decisão valia tanto para as tarifas alfandegárias cobradas de Canadá, México e China — cujo objetivo, segundo Trump, seria incentivar estes países a combater o tráfico de fentanil — quanto para as taxas adicionais de 2 de abril sobre todos os produtos que entram nos Estados Unidos, de 10% a 50%, dependendo do país de origem.

Contudo, a decisão mantinha intactas as tarifas de 25% para as indústrias automotiva, do aço e do alumínio.

Os advogados do governo Trump apresentaram um recurso contra a sentença. A corte de apelações acatou o pedido do governo e, além disso, juntou em um os dois casos apresentados por pequenas empresas, de um lado, e uma coalizão de estados americanos do outro. As duas partes consideram que o presidente viola o poder do Congresso.

“Estamos muito contentes com esta decisão, esperávamos por isso”, disse Kevin Hassett, principal assessor econômico de Trump, à Fox News. (AFP)