A alta de 2,1% na produção da indústria de São Paulo, em março ante fevereiro, exerceu a maior influência positiva sobre a média global da indústria nacional no período. O avanço da produção industrial paulista foi o mais intenso desde junho de 2024, quando houve expansão de 6,0%.

Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na passagem de fevereiro para março, a produção paulista foi impactada pelos setores de derivados de petróleo e biocombustíveis, farmacêutico e produtos químicos.

Na média global, a indústria brasileira cresceu 1,2% em março ante fevereiro.

Entre fevereiro e março também houve expansão no Amazonas (5,6%), Espírito Santo (4,6%), Pará (4,6%), Rio de Janeiro (4,5%), Ceará (3,4%), Bahia (1,6%), Minas Gerais (0,9%), Paraná (0,8%) e Mato Grosso (0,7%). Na direção oposta, registraram perdas Pernambuco  (-5,0%), Região Nordeste (-4,1%), Goiás (-2,1%) e Rio Grande do Sul (-1,2%). Em Santa Catarina, a produção ficou estável.

“Fatores macroeconômicos ainda impactam a cadeia produtiva, como a inflação acelerada, afetando diretamente a renda disponível das famílias, principalmente, no que tange o setor alimentício e a cesta básica. Temos também a taxa de juros em patamares elevados, a redução na concessão do crédito impactando negativamente os investimentos com relação à produção industrial, o que arrefece o ritmo de produção. Isso explica um pouco a trajetória que vem desde outubro de 2024”, avaliou Bernardo Almeida, técnico da pesquisa do IBGE. (Estadão Conteúdo)