Negociações
Estados Unidos e China reduzem tarifas de importação
Acordo diminuiu tensão na guerra comercial entre os dois países
Os Estados Unidos e a China anunciaram ontem (12) uma redução na guerra comercial, com uma suspensão de 90 dias da maioria das tarifas que haviam imposto um ao outro. A guerra comercial entre Pequim e Washington eclodiu quando o presidente americano, Donald Trump, adotou uma série de tarifas no início de abril, que atingiu a China com mais força. O gigante asiático respondeu com medidas de retaliação.
As tarifas alfandegárias impostas pelos Estados Unidos à China chegaram a 145%, e as tarifas acumuladas sobre certos produtos chegaram a 245%. Em resposta, a China impôs tarifas de 125% sobre os produtos americanos.
No entanto, depois de dois dias de negociações em Genebra, as duas maiores potências econômicas do mundo anunciaram uma suspensão que entrará em vigor “até 14 de maio”.
Especificamente, os produtos chineses importados para os Estados Unidos pagarão uma tarifa de 30%, já que Washington não removeu uma sobretaxa de 20% introduzida antes de abril. Os produtos americanos que entram na China pagarão tarifas de 10%.
“Conseguimos um recomeço completo com a China após negociações produtivas em Genebra”, disse ontem Trump a repórteres na Casa Branca. “A relação é muito, muito boa”, disse ele, acrescentando que falará com o presidente chinês, Xi Jinping, “talvez no final da semana”.
O governo da China confirmou que as negociações comerciais do fim de semana com os Estados Unidos geraram “consensos importantes e avanços substanciais”, o que cria “condições para superar divergências e aprofundar a cooperação”.
A declaração foi divulgada em um comunicado oficial do Ministério do Comércio chinês. O ministro Wang Wentao reconheceu que o ambiente para o setor está “particularmente complexo e severo” desde o início do ano, mas ressaltou que o comércio exterior chinês mantém “forte resiliência”. (AFP e Estadão Conteúdo)