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Superação

Exportações chinesas sobem em abril, apesar das tarifas

EUA e China iniciam negociação comercial em Genebra neste fim de semana

10 de Maio de 2025 às 20:38
Cruzeiro do Sul [email protected]
Porto de Xangai elevou volume de mercadorias embarcadas no mês passado
Porto de Xangai elevou volume de mercadorias embarcadas no mês passado (Crédito: DIVULGAÇÃO / AFP (9/5/2025))

A China anunciou que suas exportações aumentaram 8,1% em relação ao ano anterior no mês de abril, superando com folga as previsões dos analistas que apontavam o impacto da guerra comercial com os Estados Unidos.

As duas principais potências econômicas do mundo iniciam conversações sobre a disputa, que provocou uma queda de 17,6% das exportações chinesas para os Estados Unidos no último mês.

Em sua ofensiva tarifária global, o presidente americano, Donald Trump, impôs novas tarifas de 145% a muitos produtos chineses, que replicou com taxas de 125% às importações de Washington. Neste contexto, os analistas entrevistados pela agência Bloomberg previam um aumento das exportações de apenas 2% em abril.

Há negociações comerciais entre Estados Unidos e a China previstas para este fim de semana em Genebra. “(É) um passo positivo e construtivo em direção à desescalada”, disse a diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala.

“O diálogo contínuo entre as duas maiores economias do mundo é essencial para aliviar as tensões comerciais, evitar a fragmentação das linhas geopolíticas e preservar o crescimento global”, acrescentou um porta-voz da Organização Mundial do Comércio em um comunicado.

As exportações para os Estados Unidos, um dos principais parceiros comerciais da China, caíram 17,6% em abril na comparação com o mês anterior, de US$ 40,1 bilhões (R$ 227 bilhões) para US$ 33 bilhões (R$ 187 bilhões), segundo a Administração Geral da Alfândega Chinesa.

“O dano provocado pelas tarifas americanas ainda não aparece nos dados comerciais de abril”, considerou Zhiwei Zhang, presidente e economista-chefe da consultoria Pinpoint Asset Management.

“Isso pode ser explicado parcialmente pelo trânsito das mercadorias por outros países e parcialmente pelos contratos que foram assinados antes do anúncio das tarifas”, disse.

Os dados chineses também mostram uma redução das importações de 0,2%, resultado melhor que a previsão da Bloomberg de uma queda de 6%. (AFP)