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Guerra Comercial

Governo chinês considera abrir negociação com EUA

Primeiro passo, no entanto, seria suspender ou baixar tarifas

02 de Maio de 2025 às 22:07
Cruzeiro do Sul [email protected]
Guerra comercial iniciada por Trump prejudica o fluxo de mercadorias entre países
Guerra comercial iniciada por Trump prejudica o fluxo de mercadorias entre países (Crédito: DIVULGAÇÃO / GOV. CHINA / AFP (2/5/2025))

As autoridades da China informaram ontem (2) que consideram uma proposta de negociação dos Estados Unidos sobre a guerra comercial, mas insistiram que Washington deve primeiro reverter as tarifas.

Em sua ofensiva tarifária global, o presidente americano, Donald Trump, concentrou-se especialmente na China, impondo tarifas de até 145% sobre muitas de suas importações.

O gigante asiático não se intimidou. Embora tenha dito estar aberto ao diálogo, respondeu com tarifas de 125% sobre as importações dos EUA e alertou que estava preparado para lutar uma guerra comercial até o fim.

Desde então, Trump isentou produtos como smartphones, semicondutores e computadores e afirmou repetidamente que as autoridades chinesas estavam dispostas a negociar.

No entanto, o Ministério do Comércio chinês afirmou que foi a parte americana que deu o primeiro passo em direção ao diálogo. “Os Estados Unidos têm tomado recentemente a iniciativa, em muitas ocasiões, de transmitir informações à China através dos meios pertinentes, dizendo que esperam falar com a China”, disse em um comunicado.

“A China está atualmente avaliando isso”, acrescentou o governo chinês. Mas antes de sentar para conversar, exige medidas dos Estados Unidos que demonstrem suas intenções.

A China também está considerando maneiras para lidar com as queixas de Trump sobre o papel de Pequim no comércio de fentanil, segundo pessoas familiarizadas com o assunto. De acordo com as fontes, os chineses avaliam anunciar algumas medidas para coibir o comércio de fentanil para a equipe do republicano, oferecendo uma saída das hostilidades e permitindo o início das negociações comerciais.

O “czar da segurança” do presidente chinês Xi Jinping, Wang Xiaohong, deve liderar esforços e, nos últimos dias, tem questionado o que a equipe de Trump quer que a China faça em relação aos ingredientes químicos usados na fabricação de fentanil. As fontes mencionam que as discussões “permanecem fluidas”. (AFP)