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Alimentos

Inflação oficial de fevereiro sobe 1,31%

IPCA acumulado em 12 meses ficou em 5,06%

12 de Março de 2025 às 22:30
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Ovos tiveram o maior aumento de preço entre os alimentos
Ovos tiveram o maior aumento de preço entre os alimentos (Crédito: DANIEL GOUVEIA (8/3/2025))

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou fevereiro com alta de 1,31%, ante uma elevação de 0,16% em janeiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa acumulada pela inflação no ano foi de 1,47%, de acordo com o IBGE. O IPCA acumulado em 12 meses ficou em 5,06%.

Oito dos nove grupos que integram o índice registraram altas de preços em fevereiro. Os avanços ocorreram em habitação (com aumento de 4,44%, uma contribuição de 0,65 ponto porcentual para o IPCA do mês), educação (4,70%, impacto de 0,28 p.p.), alimentação e bebidas (0,70%, impacto de 0,15 p.p.), transportes (0,61%, impacto de 0,13 p.p.), despesas pessoais (0,13%, impacto de 0,01 p.p.), saúde e cuidados pessoais (0,49%, impacto de 0,07 p.p.), artigos de residência (0,44%, impacto de 0,01 p.p.) e comunicação (0,17%, impacto de 0,01 p.p.). O grupo vestuário registrou estabilidade nos preços (0,0%).

Entre os alimentos, os destaques foram os aumentos nos preços do ovo de galinha (15,39%) e do café moído (10,77%). Por outro lado, ficaram mais baratos a batata inglesa (-4,10%), arroz (-1,61%) e leite longa vida (-1,04%).

A alta de 16,80% na energia elétrica residencial exerceu a maior pressão individual sobre a inflação de fevereiro, de acordo com o IBGE. A explicação está no efeito estatístico causado pelo fim do Bônus Itaipu — desconto que os brasileiros receberam na conta de luz em janeiro e fez com que a inflação daquele mês ficasse em 0,16%.

Sem o desconto em fevereiro, o preço da energia dá um salto no mês seguinte. Isso fez com que o item habitação passasse de -3,08% em janeiro para 4,44% em fevereiro.

O segundo grande peso de alta de preços em fevereiro foi a educação, que subiu 4,7%, representando impacto de 0,28%. A explicação está nos reajustes de mensalidades escolares. “Em educação todo mês de fevereiro tem essa sazonalidade”, lembrou Fernando Gonçalves, gerente do IPCA no IBGE. (Estadão Conteúdo e Agência Brasil)